PORTO VELHO (RO) - Ávidos para apresentarem trabalho, os vereadores da atual legislatura da Câmara Municipal de Porto Velho estão cometendo uma gafe recorrente, que além de causar mal-estar entre os parlamentares, leva ao inchaço do sistema e à demora no andamento das matérias apresentadas na Casa.

O fato é que vem se tornando cada vez mais comum os vereadores protocolarem junto à Mesa Diretora projetos com o mesmo teor, a exemplo dos vereadores Nilton Sousa e Pastor Bruno Luciano, que apresentaram uma matéria semelhante para a questão da legislação municipal no que diz respeito aos espaços disponíveis para crianças com Transtorno Espectro Autista - TEA.

Louvável, ambos os projetos abrangem as necessidades dessas crianças, porém, mostra uma falta de conexão entre os parlamentares, que precisam entrar em sintonia para não acabarem travando pautas ou descambando para uma disputa de egos onde apenas quem sai perdendo é a população de Porto Velho.

A mesma situação já foi registrada entre os vereadores Marcos Combate e Macário Barros, que apresentaram no mesmo dia o mesmo projeto que estabelece a necessidade de aprovação legislativa e realização de audiência pública para alterações no sentido de circulação de vias no município de Porto Velho.

Nem mesmo vereadores correligionários escapam dessa entroncamento de projetos, como no caso de Sofia Andrade e Dr. Gilber, ambos os políticos do PL apresentaram o projeto conhecido como "Lei Anti Oruam", que proíbe a contratação de shows, artistas e eventos abertos ao público infanto-juvenil que envolvam, no decorrer da apresentação, expressão de apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas.

Dessa maneira, os vereadores mostram que precisam se alinhar para que não se tornem redundantes e transformem matérias importantes em questões de interesses pessoais.