PORTO VELHO-RO – Uma denúncia publicada recentemente por um portal de notícias da capital trouxe à tona um possível esquema de favorecimento envolvendo uma agência de publicidade que atende um organismo governamental de fomento à comunicação.

A matéria aponta que recursos públicos estariam sendo direcionados a sites sem audiência comprovada — conhecidos como “fantasmas” — e a veículos de comunicação com vínculos políticos, contrariando critérios técnicos estabelecidos por órgãos fiscalizadores.

Segundo a publicação, os repasses teriam ocorrido à revelia dos parâmetros de medição de audiência utilizados oficialmente para avaliar o alcance e a relevância de veículos de mídia. Em tese, esses critérios deveriam garantir que os recursos fossem distribuídos com base em métricas objetivas, como número de acessos, engajamento e impacto social.

As irregularidades, caso confirmadas, podem configurar desvio de finalidade no uso de verbas públicas e quebra dos princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa, previstos na Constituição Federal.

Fontes ouvidas pelo portal indicam que a situação já é de conhecimento dos órgãos de controle, e uma investigação preliminar estaria em andamento para apurar os indícios de irregularidades. Até o momento, a agência envolvida não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.

Especialistas ouvidos pela reportagem alertam para o risco de comprometimento da credibilidade institucional, especialmente em um cenário em que a transparência e a correta aplicação de recursos públicos se tornaram pautas prioritárias da sociedade.

A redação continuará acompanhando o desenrolar do caso e buscou contato com os responsáveis pela agência, aguardando um posicionamento oficial.