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porto velho, quarta-feira 29 de outubro de 2025

BRASIL: Cerca de 160 mil estudantes poderão renegociar suas dívidas do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) a partir deste sábado (1º). A medida vale para contratos assinados a partir de 2018.
O novo período de negociação segue até 31 de dezembro de 2026 e será feito inteiramente de forma digital pelo aplicativo Fies Caixa ou pelo site da Caixa Econômica Federal.
O novo período de negociação segue até 31 de dezembro de 2026 e será feito inteiramente de forma digital pelo aplicativo Fies Caixa ou pelo site da Caixa Econômica Federal.
De acordo com o MEC (Ministério da Educação), a medida busca facilitar a regularização das dívidas e oferecer melhores condições de pagamento para ex-estudantes que enfrentam dificuldades financeiras.O saldo devedor total dos contratos elegíveis soma aproximadamente R$ 1,8 bilhão.
A expectativa do governo é que, com as novas condições, milhares de ex-alunos consigam quitar ou reduzir significativamente seus débitos.Podem solicitar a renegociação os estudantes com contratos do Fies firmados a partir de 2018, que estejam na fase de amortização (ou seja, já concluíram o curso e iniciaram o pagamento do financiamento) e com parcelas em atraso há mais de 90 dias, contando a partir de 31 de julho de 2025.
O novo modelo garante parcelamento em até 180 vezes — o equivalente a 15 anos —, com perdão de 100% dos juros e multas. A medida reduz de forma expressiva o valor total da dívida. A parcela mínima é de R$ 200, exceto quando o valor devido for menor.O acordo será formalizado por meio de termo aditivo ao contrato original do financiamento.
A renegociação não inclui valores de coparticipação com as instituições de ensino superior, seguros prestamistas ou tarifas bancárias —nesses casos, as pendências devem ser negociadas diretamente com as instituições de ensino.
O Fies foi criado em 2001, via lei, com o objetivo de financiar cursos de graduação em instituições privadas que tenham avaliação positiva no Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior).
Desde 2018, o programa passou a adotar juros zero para quem tem menor renda e um modelo de financiamento proporcional à renda familiar.