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porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024
RONDÔNIA - Entre as consequências negativas do avanço na idade está a fragilidade física, decorrente, em partes, da redução na produção de cálcio pelo organismo, o que põe em risco a mobilidade e aumenta o risco de exposição de idosos a queda. A informação parece distante da realidade, mas infelizmente não é: o número de acidentes deste tipo envolvendo população acima de 60 anos é considerado alto. Para se ter ideia, somente nos seis primeiros meses deste ano, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) registrou, em Porto Velho, 117 atendimentos a vítimas de queda da própria altura, ocorrência mais comum entre idosos.
Iranildo Dias, coordenador Operacional do Corpo de Bombeiros, informa que dos 100% de acidentes com idosos, 73% resultam em fraturas no fêmur ou quadril e 80% dessas vítimas, morrem em decorrência da fratura. “Além disso, há os casos de idosos que ficam acamados e desenvolvem depressão como consequência da fratura que o imobilizou e o deixou sensível. Também há fatores como o desenvolvimento de feridas decorrentes do longo período em cima da cama”, ressalta.
Evidente o risco de acidente com idosos, também há maneiras para evitar a exposição a quedas, que geralmente são da mesma altura do corpo, mas que causam graves prejuízos à saúde. Entre as sugestões, estão evitar o uso de tapetes em casa, pois os idosos se locomovem com mais dificuldade e por isso podem tropeçar nos tapetes. Outra dica importante é a utilização de camas baixas, para que o idoso consiga apoiar os dois pés ao chão e também é indicado que a cama fique próxima a tomadas, “tem que ficar fácil para o idoso acender e apagar as luzes, porque ele precisa levantar devagar, se levantar de súbito pode tropeçar e cair, por decorrência de um problema chamado síndrome postural ortostática taquicardizante”, detalha o major Iranildo.
Entre os cuidados está a utilização de corrimão em banheiros e áreas que o idoso caminha com frequência, como varandas e jardins. O major do Corpo de Bombeiros também orienta sobre o risco de utilização de velas, em casa, adotadas por questões religiosas e culturais.
Outra orientação importante é quanto ao uso de sapatos, que precisam ser leves e com restrição a utilização de saltos, “idosos devem dar preferencia a calçados que favoreçam a locomoção”, diz. “Precisamos adotar uma cultura de nos importar com o resultado desses acidentes, porque são elevados e com propensão de infecção ou agravos. A prevenção é a melhor medida”, define o major Iranildo.