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porto velho, sábado 21 de setembro de 2024
GESTÃO PÚBLICA SALVA O PAÍS - VAIDADE DAS VAIDADES, TUDO É VAIDADE!
“ Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade."
Eclesiastes 1:2
No Egito, Idade Antiga, quando um reles mortal chegava próximo de Ramsés II, reza a lenda que ele deveria dizer: “ Ó senhor Deus do Alto e Baixo Egito, Senhor das Terras das duas Serpentes, Onipotente Senhor, etc, etc, etc - numa bajulação infernal- quando Ramsés interrompia e dizia: - Cala-te! Aquele que bajula deseja corromper meu coração. E dizia mais : -Diz o que queres e te direi sim ou não.
Assim o faraó do Egito não se deixava corromper pelas palavras ou bajulações e decidia clara e abertamente o pleito do cidadão. Dessa mesma forma deve ser o gestor atual. Muitas vezes não queremos o que o outro gestor fez, quando ele já sofreu para chegar aquela conclusão e por vezes a população espera. Projetos podem ser melhorados advindos de matrizes boas, enfim, quando se tem o coração bom e inteligência muitos trabalhos podem ser feitos mais rapidamente e com mais resultados.
E aquele anjo lindo, maravilhoso que foi insuflado pela ideia de ser Deus? Anjo caído, expulso do céu. Parece que todo mal do mundo começou com a vaidade. Com a vontade de ser o outro, mais que o outro, mais poderoso, melhor.
Eva e Caim, seja pela inveja se desdobrando em vaidade, pecado e crime são os primeiros a sofrerem por isso. Por vezes somos gestores “EVA” , quando se deseja ser mais que o outro ou não aceita conselhos achando que sabe tudo. Esse gestor está vendado, trazendo dor e sofrimento para a população que espera há décadas por melhor atendimento, por emprego ou politicas públicas.
Mas o pior mesmo é o gestor “ Caim”. Esse além da inveja, vaidade e desconhecimento, ainda trai e mata o projeto, mata a ação e por fim, muitas vezes mata de forma indireta e reflexa pessoas que esperam o atendimento ou a politica pública.
Vimos esta semana um ex-Procurador Geral da República dizer que andou armado para assassinar um Ministro do STF e depois falou em suicidar-se. Um cargo tão nobre e que se presume a ser assumido por pessoa equilibrada, com os atributos da impessoalidade e que trata as questões jurídicas e institucionais como se fosse briga de rua, como disse um amigo. Vaidade. O Procurador não aceita perder. Não aceita aprender. Não se submete à força da Lei, da disciplina, regra ou respeito. Uma pena essa autoridade pensar assim. Uma pena para o País retroceder. Se um ex- Procurador Geral da República pensa em matar e se matar, o que esperar de um homem médio ?
Na gestão pública, estamos cheios de vaidosos, homens e mulheres que são mais reais que o Rei. Que não se curvam. Preferem perder o recurso a se dobrar e a dizer que o outro acertou ou é melhor. Enquanto tivermos esses sentimentos a população sofrerá muito. Parece que são gestores-meninos-mimados, que somente sabem receber o sim e não sabem receber os nãos da administração, os jurídicos ou institucionais e se ocorrer diferente do que pensam querem matar e morrer, literalmente.
Uma vez ouvi numa palestra: - Sabe por que aplaudimos os atores numa peça de teatro ou os bailarinos num espetáculo de dança? E ele mesmo respondeu: Porque somos incapazes de fazer essas ações. Porque se fôssemos capazes de atuar ou dançar, jamais aplaudiríamos. Frase forte, fico pensando até hoje. E isso muitas vezes acontece na gestão pública, gestores fracos emocionalmente, que nao sabem ser generosos, continuar o projeto que está bom, agradecer à equipe ou mesmo sorrir.
George Braga, servidor da Justiça do Trabalho e ex- Secretário de Planejamento do Estado de Rondônia