Fundado em 11/10/2001
porto velho, quinta-feira 3 de julho de 2025
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos nesta quinta-feira (26) para manter a lei sancionada em fevereiro pelo presidente Jair Bolsonaro que deu autonomia ao Banco Central e estabeleceu que os mandatos do presidente e dos diretores do banco não vão mais coincidir com o do presidente da República.
A lei foi alvo de questionamento em uma ação apresentada pelo PSOL e pelo PT, que apontavam dois problemas na Lei Complementar 179/2021: o projeto foi uma iniciativa do Congresso e não do Executivo, e o próprio conteúdo do texto aprovado.
O tema começou a ser discutido pela Corte em junho deste ano no plenário virtual, em que os ministros não se reúnem e votam pelo sistema eletrônico da Corte, mas foi transferido para o plenário presencial após pedido do ministro Dias Toffoli.
Primeiro a votar nesta quinta, Toffoli acompanhou a divergência aberta pelo ministro Luís Roberto Barroso, para quem não é de iniciativa privativa do presidente da República dispor sobre a alteração no funcionamento do Banco Central. O relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, ao contrário, entende que a lei é inconstitucional porque a iniciativa do projeto deveria ter sido do chefe do Executivo e não de uma das Casas do Congresso.