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porto velho, terça-feira 23 de abril de 2024
BRASIL - O número de casos e de óbitos no Brasil por Covid sofreu a maior queda desde o início de 2021, segundo o Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (17).
Segundo o levantamento, são 12 semanas consecutivas de diminuição do número de mortes, com redução de 3,8% ao dia na última Semana Epidemiológica.
O total de casos também apresenta tendência de redução, mas com oscilações ao longo das últimas 12 semanas. Foi registrada uma média de 15,9 mil casos e 460 óbitos diários no período de 5 a 11 de setembro.
“Apesar da queda acentuada da mortalidade por Covid-19, a pandemia ainda não acabou e cuidados ainda devem ser mantidos para que este quadro positivo não seja revertido", dizem os pesquisadores.
A Fiocruz informou ainda que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos se encontra no melhor cenário desde que a fundação começou o monitoramento do indicador.
Apenas uma capital está com taxa superior a 80%: o Rio de Janeiro (82%). Duas estão na zona de alerta intermediária: Boa Vista (76%) e Curitiba (64%).
Apesar da tendência de melhora no quadro geral do país das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), o estudo chama atenção para a avaliação de média móvel das últimas semanas, que mostra que os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Goiás e o Distrito Federal ainda estão com taxas acima de 5 casos por 100 mil habitantes − considerada muito alta.
O estudo mostra também que, após o início da vacinação entre adultos jovens, esta é a primeira vez em que a mediana dos três indicadores – internações gerais, internações em UTI e óbitos – está novamente acima dos 60 anos.
Isto significa que mais da metade de casos graves e fatais ocorrem entre idosos. No total, 54,4% das internações e 74,2% dos óbitos ocorrem entre idosos.
Os pesquisadores do Observatório defendem o uso do passaporte da vacina e dizem que a "iniciativa é uma política pública para a proteção coletiva e estímulo da vacinação".
Outra medida importante, segundo eles, é a manutenção do distanciamento físico, já que a cobertura razoável para conseguir bloquear a circulação do coronavírus é de pelo menos 70% de pessoas com esquema vacinal completo.
“Ainda está longe do que temos hoje. Isto significa dizer que outras medidas de mitigação ainda possuem absoluta importância para o Brasil”.
Segundo dados do MonitoraCovid-19, compilados com base nas informações das secretarias estaduais de Saúde, no Brasil cerca de 214 milhões de doses de vacinas foram administradas.
Isso representa a imunização de 86% da população com a primeira dose e 47% da população com o esquema de vacinação completo, considerando a população acima de 18 anos.
Com exceção de Roraima, os demais estados vacinaram mais de 70% da população acima de 18 anos com ao menos uma dose do imunizante e pelo menos 30% da população com segunda dose ou dose única.