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​Intervenção no Rio de Janeiro - O Antitérmico do momento


Rondonoticias/Emerson Castro

Publicada em: 26/02/2018 09:45:45 - Atualizado


ARTIGO - Em janeiro de 2017, participei em Brasilia de reunião, com o secretario de segurança publica de Rondonia, secretários de todo o Brasil e o então ministro da Justiça Alexandre de Moraes.

à época, seria apresentado o Plano nacional de segurança publica.

Rondônia se levantou contrario ao Plano. Ato seguido, fomos acompanhados por vários estados , em especial do Norte.

Todos sofrendo com massacres e rebeliões em presídios.

O plano não contemplava a defesa da fronteira Norte, o que , para nós era um total equivoco.

A recusa em, aceitar o plano foi tão intensa que o Ministro suspendeu a apresentação do plano para nos ouvir.

Hoje acompanho mais um "antitérmico", chamado Intervenção na Segurança publica do Rio de Janeiro".

Ora, o Rio de Janeiro é sintoma das fronteiras abertas.

Tudo passa por aqui.

Só Rondônia tem quase 1.400 Km de fronteiras com a Bolívia,

Quantos policiais federais cuidam dessas fronteiras? Menos de vinte.

Armas, Drogas, contrabando, veículos roubados, pessoas e até órgãos são livremente negociados e traficados por essas fronteiras escancaradas para o crime.

Porque intervenção no Rio de Janeiro? Porque impacta mais a imagem do Brasil no exterior?

Porque se formos falar de índices de violência, Pernambuco, Bahia, entre outros estados, clamam por auxilio federal com índices de mortos por arma de fogo superiores ao do RJ.

Preparem-se São Paulo, Parana, Espirito Santo, Minas Gerais, a intervenção irá espargir a bandidagem para vocês e , consequentemente, para todos nós.

Não digo com isso, que não deva haver apoio federal no RJ, mas que fique claro que essa ação é mais um paliativo em um país permissivo com o crime transnacional e internacional.

Visitem nossos presídios. Em Rondônia, 7 de cada 10 presos são frutos do trafico.

Roubam e matam para pagar conta, para comprar mais drogas, para traficar, consumir, ou por aliciamento pelas facções.

Estamos condenando uma verdadeira geração de jovens a morte em vida.

Somos o 2º maior consumidor de drogas do planeta e não produzimos drogas (à exceção do crack em peqnea escala).

TUDO vem de fora.

Ecstasy, maconha, cocaína, metanfetaminas, entre outras desgraças.

Até quando a união será tão obtusa ao estabelecer suas prioridades?

Ficam os estados enxugando gelo no combate ao criminoso, enquanto a competência para a fiscalização e defesa de nossas fronteiras é do governo federal.

Intervenção deve ser feita nas fronteiras.

Mudança de legislação.

Uso das forças armadas na fronteira Norte do Brasil, inteligencia integrada, tecnologia, recursos carreados para cá.

O norte é a entrada.

Rio de Janeiro é apenas o sintoma da doença.

Em breve, veremos novas ações para atender ao apelo do senso comum.

Por isso, quero deixar aqui, meu grito:

Mandem um antitérmico para cá!

Quem sabe, gritando juntos, sejamos ouvidos....




**** Emerson Castro é chefe da Casa Civil de Rondônia. ****


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