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porto velho, domingo 6 de julho de 2025
Ao menos oito empresários de famílias da mídia no Brasil têm relação com offshores. Entre os nomes mais conhecidos estão membros da família Marinho, da Rede Globo, de donos da Jovem Pan, e da Editora 3, controladores de revistas como IstoÉ e Planeta.
Há ainda registros dos filhos do apresentador Ratinho, do Grupo Massa, do sócio da RBS, grupo afiliado à TV Globo, e outros. Também foram encontradas offshores no nome de pessoas da família Civita, ex-donos da Editora Abril.
O levantamento foi feito pelo portal Poder360, com base nos documentos obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) na investigação que foi apelidada de Pandora Papers.
De acordo com o portal, foram mais de 300 nomes pesquisados entre sócios e dirigentes dos maiores grupos de jornalismo impresso, televisivo e radiofônico do Brasil. Também foram procuradas pessoas relacionadas a empresas identificadas como jornalísticas, mas que têm atuação partidária ou ideológica.
Grupo Globo
Paula Marinho, neta de Roberto Marinho, está relacionada como proprietária de duas offshores, a Limozina Investing Limited e a Ravello Holding Limited. A primeira, aberta em agosto de 2011 nas Ilhas Virgens Britânicas, tem listado como objetivo a compra de aeronaves nos Estados Unidos. A Ravello, aberta em junho de 2016 nas Bahamas, informou a mesma finalidade.
Jovem Pan
Os irmãos e sócios da Jovem Pan, Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, e Marcelo Leopoldo e Silva de Carvalho, são relacionados como diretores da Myddleton Investments Limited. A offshore foi aberta nas Ilhas Virgens Britânicas em março de 2005.
Grupo Massa Os filhos gêmeos do apresentador Ratinho, Gabriel Martinez Massa e Rafael Martinez Massa, são sócios em duas offshores em paraíso fiscal, também nas Ilhas Virgens Britânicas, a GRM2 Holdings Ltd e SMM Holding.
Família Civita, da Editora Abril, omitiu 3 offshores Grande nome da mídia do Brasil, a família Civita, que por décadas esteve à frente da Editora Abril, teria omitido três offshores do processo de recuperação judicial do grupo responsável por títulos como Veja.