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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
Durante a saudação aos fiéis de língua árabe, procedentes da Síria e de outros países do Médio Oriente, Francisco pediu, improvisando sobre o discurso escrito, orações para esta região do mundo tão "atormentada".
"Temos de rezar por estes irmãos que estão em guerra e pelos cristãos perseguidos, que querem expulsar desta terra", afirmou.
No passado domingo, depois da oração do Angelus, Francisco referiu-se à situação da região síria de Ghouta Oriental e pediu o fim imediato da violência e o acesso à ajuda humanitária na região em que há combates.
O papa também recordou no domingo que "este mês de fevereiro foi um dos mais violentos em sete anos de conflito, (com) centenas, milhares de vítimas civis, crianças, mulheres e idosos", denunciando ainda que "foram atacados hospitais", e que "as pessoas não têm o que comer".
Desde o dia 18 de fevereiro que Ghouta oriental, um reduto da oposição nos arredores de Damasco, tem sido alvo de ataques da aviação de combate síria e russa e da artilharia de campanha governamental.
A ação militar já fez 561 mortos, entre os quais 139 crianças e 83 mulheres, de acordo com os dados do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, divulgados na terça-feira.
Desencadeado em março de 2011 pela violenta repressão do regime de Bashar al-Assad de manifestações pacíficas, o conflito na Síria provocou, desde essa data, mais de 350.000 mortos, incluindo mais de 100 mil civis, e milhões de deslocados e refugiados.