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porto velho, quarta-feira 17 de setembro de 2025
No Brasil, depois do desmatamento, a agropecuária é a atividade que mais emite dióxido de carbono (CO2) à atmosfera, além de ser a principal emissora de metano, dois gases de efeito estufa que, em excesso, provocam aumento da temperatura global.
Por causa disso, tem sido cada vez maior a pressão de líderes globais para que o Brasil mude o seu modo de produzir. Mas o que o setor no país tem feito para isso?
Faz 11 anos que o Ministério da Agricultura tem um programa que visa incentivar produtores rurais a adotarem práticas sustentáveis, o chamado Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, mais conhecido como Plano ABC.
Ambientalistas e institutos que acompanham o programa desde o início avaliam que as tecnologias previstas são eficientes em reduzir emissões de poluentes, mas ressaltam que, para fazer uma transição para a agricultura de baixo carbono, o governo terá que investir mais.
A primeira fase do ABC vigorou entre 2010 e 2020 e incluiu técnicas como plantio direto; recuperação de pastagens degradadas; tratamento de dejetos animais; sistemas de integração; florestas plantadas e bioinsumos.
O estímulo para que agricultores adotem essas práticas é feito por meio do crédito público.
Outras tecnologias como sistemas irrigados e terminação intensiva na pecuária foram inclusas na segunda fase do plano, cujas metas foram anunciadas em 18 de outubro, às vésperas da 26ª Conferência das Nações Unidas (COP26) sobre as mudanças climáticas, que termina nesta sexta-feira (12) em Glasgow, na Escócia.
A nova etapa, chamada de ABC+, irá vigorar de 2021 a 2030. E, a cada dois anos, as metas e as tecnologias poderão ser revistas.