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    porto velho, sábado 12 de julho de 2025

O que explica a alta de Covid-19 na Europa e o que isso representa para o Brasil

Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta de que a Europa é novamente o epicentro da pandemia


cnn

Publicada em: 13/11/2021 11:10:18 - Atualizado

A pandemia de Covid-19 volta ao centro das preocupações na Europa. Alemanha, França, Dinamarca, Áustria e países do leste europeu apresentam índices crescentes no número de casos e de mortes pela doença. As infecções também avançam na Rússia, que divide-se entre a Europa e a Ásia.

No dia 4 de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta de que a Europa é novamente o epicentro da pandemia. De acordo com a OMS, países da Europa e Ásia Central apresentam diferentes níveis de implantação da vacinação. No comunicado, a organização diz que apenas 47% dos cidadãos da Europa e Ásia Central completaram o esquema vacinal. Enquanto oito países já ultrapassaram a cobertura de 70%, em dois países a taxa permanece abaixo de 10%.

Segundo a OMS, nos locais onde a adesão à vacina é baixa – em países bálticos, da Europa Central e Oriental e nos Balcãs – as taxas de hospitalização são altas.

“Devemos mudar nossas táticas de reação aos surtos de Covid-19 para evitar que eles aconteçam em primeiro lugar”, disse Hans Henri Kluge, diretor regional da OMS na Europa em uma declaração à imprensa.

Aproximação do inverno

Com a proximidade do inverno, as temperaturas começam a cair na maior parte dos países de clima temperado, como os da Europa. Diferentemente do Brasil, lá a estação mais fria do ano costuma ser caracterizada por frio intenso, com tempo fechado e presença de neve.

A condição climática favorece mudanças no comportamento, fazendo com que as pessoas passem mais tempo reunidas em ambientes fechados em busca de conforto e aquecimento.

Nações do Leste europeu como Eslovênia, Croácia, Geórgia, Eslováquia e Lituânia estão entre as com maiores índices de novos casos no continente. Outros países, como Reino Unido, Alemanha, França e Rússia também apresentam números crescentes da doença.

Na quinta-feira (11), a Alemanha registrou mais um recorde diário de casos, com mais de 50 mil novas infecções em 24 horas. A média móvel de casos no país está em torno de 31 mil, pouco abaixo do Reino Unido, que está em 33 mil. Já a Rússia tem apresentado uma média de 40 mil novos casos diários na última semana.

“No período do inverno, as pessoas tendem a se aglomerar em locais fechados, associado a isso, os países flexibilizaram independente da taxa de cobertura vacinal”, disse Júlio Croda, infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).


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