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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
O tribunal regional de Dresden (leste) condenou os sete homens e uma mulher, com idades entre os 20 e os 40, pelos crimes de "organização terrorista", tentativa de homicídio e ataques à bomba.
O "Grupo Freital" foi formado durante a crise migratória de 2015 e tem o nome de um subúrbio de Dresden que foi palco de numerosos protestos anti-imigração e ataques a refugiados.
Os condenados, que vão "de simples simpatizantes" a partidários de "uma acentuada postura extremista nacional-socialista", agiram "com uma brutalidade crescente", afirmou o juiz presidente Thomas Fresemann.
Alguns dos acusados admitiram os factos e pediram desculpa, mas todos rejeitaram o termo "terrorismo".
O alegado "cérebro" do grupo, Timo Schulz, um motorista de autocarro, foi condenado à pena mais pesada, dez anos. Patrick Festing, que entrega pizzas, foi considerado o especialista em explosivos do grupo e condenado a nove anos e meio de prisão.
A única mulher do grupo, Maria Kleinert, foi condenada a cinco anos e meio.
O grupo realizou pelo menos cinco atentados com explosivos entre julho e novembro de 2015 contra centros de acolhimento de refugiados e militantes de esquerda e o automóvel de um político do partido de esquerda Die Linke.
Por sorte, apenas um refugiado ficou ferido nos ataques de grupo, que visavam, segundo o Ministério Público, "criar um clima de medo e repressão".