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    porto velho, sábado 20 de setembro de 2025

Nova Carteira de Identidade permite anotar condição de doador de órgãos; entenda

Documento entra em vigor nesta terça (1°); prazo para que os institutos de identificação estejam aptos a emiti-lo


g1

Publicada em: 02/03/2022 15:09:09 - Atualizado

A nova Carteira de Identidade, que passa a vigorar a partir desta terça-feira (1°), terá a possibilidade de identificar, no verso, se a pessoa deseja doar órgãos após a morte.

Segundo o Ministério da Justiça, a pessoa precisará informar, na hora de fazer o novo documento, que quer a inclusão desse dado.

Ela também poderá solicitar a inclusão do tipo sanguíneo (A, B ou O) e fator RH (positivo ou negativo), além de outros problemas de saúde "cuja divulgação possa contribuir para preservar a sua saúde ou salvar a sua vida", de acordo com o decreto que autorizou a nova carteira.

Mesmo com o novo documento, entretanto, ainda será necessário que a pessoa informe a família sobre a intenção de doar os órgãos após a morte. Isso porque a retirada e doação de órgãos e tecidos só pode ser feita com a autorização familiar, conforme a legislação brasileira.

"Se a família autorizar, aí, sim, é feita a doação. É fundamental as pessoas conversarem na família o desejo delas de serem doadores", explica o médico nefrologista Gustavo Fernandes Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

1) Quem pode doar?

Apenas pessoas que tiveram morte cerebral (encefálica) podem doar órgãos sólidos, explica Gustavo Fernandes Ferreira, da ABTO.

"Para ser doador de órgãos sólidos, você precisa de ter morte encefálica. Não é qualquer jeito – tem que ser morte encefálica, o coração tem que estar batendo ainda", diz o médico.


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