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    porto velho, domingo 21 de setembro de 2025

Dólar cai a R$ 4,94, menor valor em 9 meses; Ibovespa sobe 0,73% com commodities

Principal índice da B3 encerrou no maior patamar em seis meses, enquanto a moeda norte-americana fica abaixo dos R$ 5 pela primeira vez


CNN

Publicada em: 21/03/2022 18:24:29 - Atualizado

O dólar caiu 1,47%, cotado a R$ 4,943 – menor cotação desde 30 de junho de 2021, quando encerrou a R$ 4,976.

Ao longo do dia, o real foi beneficiado pelos juros elevados no país e pela alta nas commodities, atraindo investidores. Além disso, o foco dos investidores está nos entraves nas negociações para encerrar ou estabelecer um cessar-fogo na guerra entre Ucrânia e Rússia.

O Ibovespa, por sua vez, fechou em alta de 0,73%, aos 116.154,53 pontos, nesta segunda-feira (21) – este é o maior patamar desde 14 de setembro de 2021, quando bateu 116.181 pontos. O principal índice da B3 refletiu a alta de ações ligadas a commodities, em especial petróleo e minerais.

A divulgação na terça-feira (22) da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) – em que a taxa Selic subiu para 11,75% é mais um ponto no radar dos investidores, assim como do Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central e do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de março, considerado a prévia da inflação.

Na semana anterior, o dólar caiu 0,73%, na terceira semana consecutiva de desvalorização. Já o Ibovespa subiu 1,98%, na casa dos 115 mil pontos.

Petróleo

Nesta tarde, o petróleo brent fechou a US$ 115,62 o barril, em alta de 7,12%, enquanto o WTI encerrou a US$ 112,12, com valorização de 7,09%. Já o minério de ferro com 62% no spot terminou estável em (US$ 150) por tonelada.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia no dia 24 de fevereiro, os mercados de petróleo mostram a maior volatilidade em dois anos, com os preços da commodity chegando a bater níveis vistos pela última vez em 2008.

O movimento dos últimos dias foi de recuo, mas o tipo Brent voltou a rondar os US$ 110, com temores de dificuldades da Rússia, um dos maiores exportadores do mundo, para atender a demanda por petróleo e as discussões sobre um possível embargo da União Europeia à compra de petróleo russo.

Se comparado com anos anteriores, o petróleo segue em valores elevados, devido ao descompasso entre oferta e demanda da commodity, com os principais produtores, reunidos na Opep+, ainda não retomando os níveis de produção pré-pandemia. O quadro foi intensificado com as tensões na Europa.

Outra consequência da alta do petróleo é a elevação do preço dos combustíveis. No Brasil, isso acelerou a aprovação de projetos de lei que buscam conter a alta nos preços dos combustíveis.


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