PORTO VELHO -A Central de Regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), em Porto Velho registra um alto índice de trotes. No período de maio do ano de 2020 a fevereiro deste ano, foram registrados quarenta e duas chamadas falsas pela unidade sendo uma média quatro por mês. Já de janeiro a março deste ano foram catalogados nove casos.

Segundo o gerente de enfermagem do SAMU, Raymison Corrêa outro problema enfrentado nos atendimentos telefônicos é a falta de compreensão, por parte do usuário, de que informações como localização e ponto de referência da chamada são necessárias.

Para Raymison, uma ligação desnecessária é um tempo perdido que poderia ter sido gasto para salvar a vida de quem realmente precisou do atendimento emergencial.

Só neste ano, o Samu recebeu 3.298 ligações na Central de Regulação de Urgências, pelo telefone 192. Deste total, nove trotes foram realizados, em sua maioria feita por crianças que pedem ajuda e em seguida desligam ao telefone.

Atualmente o Samu de Porto Velho esta implantando nas escolas, comunidades e na imprensa com campanhas para conscientização deste ato.

Passar trote aos serviços de emergência é um crime previsto no Código Penal e, quando identificado, o autor pode pegar de um a seis meses de detenção.

No caso de menores, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) o considera como gravíssimo e a criança ou adolescente será encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude para que sejam aplicadas as medidas socioeducativas de acordo com a gravidade do trote.