• Fundado em 11/10/2001

    porto velho, domingo 21 de setembro de 2025

Operário é flagrado se arriscando no alto de prédio sem qualquer proteção

O despreparo ou o excesso de confiança retratam o flagra feito pela reportagem do Rondonotícias...


Rondonoticias

Publicada em: 11/04/2022 14:45:48 - Atualizado


PORTO VELHO -Nas alturas, ele se equilibra na ponta dos pés e caminha naturalmente pela beirada do prédio sem nenhuma proteção. Agacha, olha e continua a caminhar.

O despreparo ou o excesso de confiança retratam o flagra feito pela reportagem do Rondonotícias, em uma Construção Civil localizada na região central de Porto Velho

Os registros, mostram uma realidade discutida há tempos no setor, uma soma de irresponsabilidade do empregado e do empregador com a dificuldade do uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Números preliminares do Radar SIT – plataforma do Ministério do Trabalho e Previdência – apontam que em 2021 o Brasil registrou 423.217 acidentes de trabalho, média de 1.159 registros por dia. Do total, 133.757 casos necessitaram de tratamento por período maior de 15 dias e 1.694 óbitos foram contabilizados. Os dados de 2022 ainda não foram divulgados.

De acordo com o Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho, Geraldo Sena Neto, a maioria dos acidentes de trabalho na construção civil decorre de condições inseguras, de inadequação dos equipamentos e da falta de informação e preparo dos envolvidos nas obras.

“Os acidentes de trabalho, ocorrem mais frequência entre os trabalhadores informais. Isso acontece porque são trabalhadores que são expostos a ambientes com menos segurança e possuem treinamentos precários ou não têm treinamento”, explica

O conselheiro do Crea afirma, que todos os casos envolvendo acidentes são catalogados pelo Ministério do Trabalho que coleta informações de acidentes pelas empresas e pelos prontos socorros, hospitais, postos de saúde e outras instituições de saúde.

“O último censo publicado pelo Ministério do Trabalho foi de 2020, quando a região Norte Rondônia e Amazonas lideram o índice”. Salientou.

Sobre o processo de fiscalização, o engenheiro explica que o Ministério do Trabalho fiscaliza as obras em conjunto com os auditores fiscais, principalmente nas empresas cujo ramo de atividade tem maior índice de incidentes.

“O Crea e o Cremero, verificam se as empresas possuem profissionais competentes nessas empresas, dentro da limitação legal”, enfatizou.

Indagado quanto aos erros mais comuns para acidentes, Geraldo menciona que se houver um ambiente seguro e proteção adequada o acidente não ocorre.

“A responsabilidade pela integridade do trabalhador é do contratante que deve primar por um local seguro, entregar equipamento de proteção coletiva e individual e realizar todo treinamento para que o trabalhador faça seu trabalho com segurança. Os trabalhos em altura (queda), são os mais comuns, principalmente nas obras com contratação informal”, alertou


Fale conosco