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Confiança da Indústria sobe em agosto, levada por queda nos custos, dizem dados da FGV

O resultado fica acima do nível de neutralidade do setor, considerado pela instituição em 100 pontos, após ficar em 99,5 em julho.


cnn

Publicada em: 29/08/2022 11:45:37 - Atualizado

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) registrou alta de 0,8 ponto percentual em agosto, para 100,3 pontos, divulgou o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) nesta segunda-feira (29).

O resultado fica acima do nível de neutralidade do setor, considerado pela instituição em 100 pontos, após ficar em 99,5 em julho.

A alta indica que o setor mantém um bom nível de atividade no terceiro trimestre, disse a instituição em nota. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice também avança, em 0,2 ponto.

“A melhora do ambiente de negócios no mês foi possivelmente influenciada pela descompressão de custos com a queda de preços de combustíveis e energia”, diz.

A instituição reforça que, apesar do “cenário ainda problemático” quanto ao suprimento de alguns tipos de insumos, os níveis de demanda ainda estão positivos e os estoques se mantêm equilibrados.

“Esse quadro favorável se reflete nas previsões ainda favoráveis para a evolução do emprego no setor nos três meses. Nos demais quesitos que medem expectativas em relação ao futuro próximo, nota-se alguma cautela dos empresários frente a um segundo semestre de eleições e manutenção de juros mais elevados”, diz Stéfano Pacini, economista do FGV/Ibre.

A pesquisa registrou alta da confiança em agosto em 9 dos 19 segmentos industriais monitorados.

O Índice Situação Atual (ISA) avançou 1,4 ponto, para 102,8 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) subiu 0,3 pontos para 97,9 pontos.

Entre os quesitos que integram o ISA, o melhor desempenho vem do indicador que mede o nível dos estoques, indicando mais equilíbrio nesse segmento.

Os indicadores que medem a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios e o grau de satisfação das empresas com o nível de demanda subiram 0,6 e 0,4 ponto, para 101,7 e 103,2 pontos, respectivamente, diz a FGV.

“Entre as expectativas, o indicador de tendência dos negócios para os seis meses seguintes foi o que mais influenciou na alta do IE em agosto, ao subir 3,0 pontos, para 96,9 pontos, apesar disso, continua em patamar baixo em níveis históricos”, diz.

Já o indicador que mede o otimismo com a evolução da produção física nos três meses seguintes recuou 3 pontos, para 92,1 pontos, resultado mais baixo desde março de 2022 (90,3 pontos).

O indicador de expectativas de emprego para os três meses seguintes subiu 0,7 ponto, para 104,6 pontos. “Esse é o melhor resultado para o indicador de emprego desde outubro de 2021 (108,1 pontos)”, diz a FGV.


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