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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
JI-PARANÁ, RO: O baixo nível do Rio Machado, considerado o principal da ‘Capital da BR-364’, na região central do Estado, começa a preocupar a Defesa Civil Municipal (DCM), o Corpo de Bombeiros e a Colônia de Pescadores Z-9, com sede neste município. Essa preocupação se deve ao baixo volume de chuvas durante o período do último inverno amazônico. Na última segunda-feira (24/6), nível do Machado chegou aos 6,62, ou seja, ficando a 40/cm no seu limite mínimo que é de 6,22cm.
De acordo com a coordenadora da Defesa Civil Municipal, Meire Zanetim, para o Sistema Gurgacz de Comunicação (SGC), a queda do nível do Machado já é de 38/cm em relação ao mesmo período de 2023, quando o nível estava em 7,06 cm. "Este ano o inverno foi bem mais fraco, não conseguindo deixar os reservatórios com volume de água de maneira satisfatória", relatou. Segundo ela, continuando da forma atual, certamente a região terá um período de seca mais severa.
Abastecimento
A falta de chuva também preocupa a Defesa Civil quanto ao abastecimento de água de Ji-Paraná. Todo o produto é retirado de outro rio, o Urupá (afluente) do Machado. Segundo Meire, a Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (Caerd), já estaria com o seu Plano de Contingência pronto para colocar em prática, em caso de necessidade.
Pescas
Quem também mostra a sua preocupação é o presidente da Colônia de Pescadores Z 9, com sede em Ji-Paraná, Manoel Batista. Para a reportagem ele disse que o grande volume de pedras já sendo vistas acaba causando a fuga dos peixes nesta época do ano, e que a reprodução sempre fica prejudicada. "Temos cerca de 120 associados cadastrados, que vivem exclusivamente da pesca. A nossa expectativa não é das melhores para os próximos meses", comentou.
Banhistas
Já o comandante do 2º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) de Ji-Paraná, tenente coronel BM Costa, alertou os banhistas para os perigos das águas do Machado e Urupá. Segundo ele, com o aparecimento das pedras
Os usuários devem, sempre, procurar os locais considerados mais seguros, não levar crianças para esses pontos e, principalmente, evitar o consumo de bebidas alcoólicas. "Muito cuidado com os peixes elétricos", alertou. Outra recomendação foi direcionada aos condutores de embarcações, segundo ele, é preciso estar portando o registro junto a Marinha do Brasil, ter habilitação adequada e, sempre, usar o colete salva-vidas.