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porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024
ARIQUEMES, RO - O laudo tanatoscópico do Instituto Médico Legal (IML) de Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, divulgado pela Polícia Civil nesta quarta-feira (20) revelou que a recém-nascida jogada pela própria mãe em uma matagal próximo ao barraco onde mora, no Setor Mutirão, havia nascido morta.
A mãe, uma usuária de entorpecentes de 35 anos, disse a polícia que fez o próprio parto no dia 3 de junho, dormiu ao lado da filha e quando acordou, percebeu que a criança estava morta.
Ao G1, o delegado responsável pelo caso, Joás da Silva Gomes, disse que está descartado a possibilidade da mãe ter agido com uma ação dolosa em assassinar a criança após ela ter nascido, mas que ainda aguarda o resultado de outro exame para saber se o vício pela substância entorpecente teve influência na morte do bebê.
“O médico fez o exame e constatou que a criança já nasceu morta. Só que até o presente momento, eles ainda não nos enviaram o laudo para dar seguimento no caso. Existe o laudo que é concluído em um prazo menor e existe outro, que é o toxicológico, em que ele vai para Porto Velho e leva em torno de 30 dias ou mais para ser finalizado”, explicou.
A mãe da criança chegou a ser detida pela Polícia Militar (PM) na noite do fato e foi encaminhada até a Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp) do município, onde permaneceu até o amanhecer para ser encaminhada ao IML e ser submetida aos exames. Mas ela foi liberada em seguida e esteve em liberdade durante esse período.
O caso
Um ex-companheiro da mulher solicitou a PM até a casa dele, no Setor 2, onde relatou que havia passado o dia 2 de junho com ela e que ela estava grávida, mas ao reencontrá-la, na segunda-feira (4), ela afirmou que tinha retirado o feto e dispensado em um matagal.
Os policiais foram ao local onde ela vive e a questionaram sobre o que havia acontecido. Ela contou à PM que tirou o bebê durante a madrugada, o deixou próximo dela e adormeceu, mas quando acordou, percebeu que a criança estava morta.
Em seguida, a mulher disse que enrolou a recém-nascida em uma toalha, colocou dentro de uma sacola e a jogou em um matagal próximo do barraco. A mãe levou os policiais até o local onde jogo a própria filha, onde encontraram o corpo.