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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
JI-PARANÁ RO - Um menino de 6 anos morreu afogado dentro da piscina de um clube, no domingo (6), quando participava da confraternização de uma creche em Ji-Paraná (RO), a pouco mais de 370 quilômetros de Porto Velho. A criança foi identificada como Fernando Almeida dos Santos.
Conforme o Corpo de Bombeiros local, o menino chegou a ser socorrido por uma equipe da corporação, após o afogamento, mas não resistiu.
Segundo Rone Almeida, de 35 anos, pai de Fernando, a criança estava acompanhada do irmão, de 3 anos, e da mãe. Ele conta que a família tinha chegado ao local e a mãe teria ido até o banheiro para trocar de roupas. Nesse momento, Fernando teria pulado na piscina, que tem cerca de um metro de profundidade, e se afogado.
O Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná disse que a equipe foi acionada por volta das 12h e que, quando chegou ao local, Fernando já não apresentava sinais vitais.
O comandante da corporação, capitão José Aparecido dos Santos, disse que o menino chegou a ser socorrido ao Hospital Municipal e os procedimentos para a reanimação foram feitos durante todo o trajeto. No local, a equipe de plantão continuou com os trabalhos de reanimação cardiopulmonar e ventilação. Porém, a vítima não apresentou reação.
O capitão José Aparecido reforçou que os clubes da região foram notificados em agosto de 2018, referentes aos procedimentos de segurança e instruções referentes a medidas de segurança em piscinas e balneários. Dentre eles, a presença de guarda-vidas.
O Clube em que aconteceu o acidente ainda não entregou a documentação referente as normas. Entretanto, o prazo ainda não foi expirado, já que pode ser entregue junto aos alvarás que são apresentados em janeiro.
Laércio de Falco, diretor responsável pelo clube onde ocorreu o afogamento, informou que o caso foi uma fatalidade e que o local conta com um guarda-vidas.
Além disso, Laércio informou que o profissional tentou reanimar a criança. Ele ainda destacou que Fernando estava expelindo comida e que o guarda-vidas teria apontado a causa do acidente como congestão.
"Ele tinha acabado de almoçar, dai ela (mãe) foi para o banheiro e ele pulou. Do jeito que ele (Fernando) pulou, ele ficou. O salva-vidas já viu, já tirou e socorreu. Foi extremamente rápido. Foi realmente uma fatalidade. Tudo ocorreu sem que ninguém tivesse uma parcela de culpa nisso", explicou o diretor.
Família nega congestão
Para a família, a causa da morte apontada no laudo pericial foi por afogamento, o que descarta a possibilidade de congestão. Segundo o pai de Fernando, a criança ainda não havia comido e tinha chegado recentemente no clube.
"Foi descuido e irresponsabilidade do local. Eles não deixaram uma mulher que estava lá fazer os procedimentos e ficaram esperando os bombeiros chegar. Tem que ter todo o preparo, quem estava lá só retirou a pessoa. Tinha pouco salva-vidas lá. Piscina é um negócio complicado e lá estava cheio de crianças", ressaltou Rone Almeida.
Em contrapartida, o diretor do parque frisou que o local tem guarda-vidas e que respeita as normas de segurança. Ele ressaltou que uma enfermeira, que estava no clube, também ajudou no atendimento.
O sepultamento da criança acontecerá nesta segunda-feira (7). O velório deve ocorrer a partir das 16h, no hospital municipal de Ji-Paraná (RO).