VILHENA - RO - O prefeito de Vilhena (região sul de Rondônia) Flori Cordeiro de Miranda Junior, decidiu na semana passada desapropriar as obras do hospital que vem sendo construído pela Associação Cooperar, da Cooperativa de Crédito Credsul, alegando que a unidade de saúde ‘tem fins particulares e tão somente particulares, sem previsão de atendimento pelo Sistema Único de Saúde’.

O decreto publicado no Diário Oficial do dia 20 de fevereiro, acrescenta ainda que a unidade deve ser administrada pela Santa Casa de Misericórdia de Chavantes, entidade paulista contratada pela prefeitura para gerenciar a rede pública do município.

No dia 21, a juíza Christian Carla de Almeida Freitas, em plantão judiciário, suspendeu o decreto de Flori, alegando que apenas 49% das obras estão concluídas e por não demonstrar a inviabilidade de uso do hospital, não é possível que será um hospital de rico, ou que pobre não entra.

O ‘decreto comunista’ do prefeito virou alvo de piadas em Vilhena, uma cidade conservadora, cuja economia se baseia no agronegócio. Flori foi eleito no fim do ano passado em eleição suplementar após Eduardo Japonês e sua vice terem sido cassados por abuso de poder. Flori é delegado da Polícia Federal e foi responsável por algumas operações na região, que garantiram sua popularidade.

Na cidade, ele está sendo chamado de ‘Nicolas Maduro de Vilhena’.

A briga, pelo jeito, está apenas começando.

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