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MP da Indonésia pede que brasileira flagrada com cocaína no país seja condenada a 12 anos

Defesa acredita que a pena de morte ou prisão perpétua esteja praticamente descartada.


G1

Publicada em: 23/05/2023 16:01:37 - Atualizado


BRASIL -O advogado da brasileira Manuela Vitória de Araújo Farias, presa em janeiro por tráfico de drogas na Indonésia, afirmou nesta terça-feira (23) que o Ministério Público do país asiático pediu que a jovem seja condenada a 12 anos de prisão pelo crime. Agora, segundo Davi Lira da Silva, a defesa acredita que a pena de morte ou prisão perpétua esteja praticamente descartada.

A informação foi repassada pelo órgão durante a audiência de julgamento da brasileira que aconteceu nesta madrugada na Indonésia. Uma nova fase do processo está marcada para 30 de maio.

Manuela, que partiu de Florianópolis para Bali com a cocaína, segue presa. Na próxima sessão, o advogado afirmou que a defesa irá mais tranquila "sabendo que a Manuela praticamente escapou tanto a prisão perpétua quanto a de pena de morte".

Com a posição do Ministério Público, a advogado espera conseguir uma pena ainda menor: "Partimos da premissa de que se a própria acusação não pleiteia pela pena capital [pena de morte], o juiz não vai dar ela de ofício", disse o defensor.

    O julgamento de Manuela na Indonésia teve início em abril, dois meses após ela ser indiciada por tráfico. A brasileira tem 19 anos e foi detida com aproximadamente 3 quilos de cocaína.

    Além da pena de morte, segundo o Ministério das Relações Exteriores, quem for flagrado com drogas na Indonésia, em qualquer quantidade, pode ser sentenciado a vários anos de prisão ou detenção perpétua. A mulher está no Presídio Feminino de Kerobokan.

    O que diz a defesa

    Segundo o advogado, Manuela foi usada como 'mula' para levar a droga ao país, além de ter sido enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que prometeu férias e aulas de surfe.

    A mulher foi indiciada por tráfico de drogas em 27 de janeiro. Após ser presa, ela conseguiu contato com familiares após o auxílio da Embaixada do Brasil no país.

    Manuela tem residência em Santa Catarina, estado onde vivia a mãe, e no Pará, onde o pai mora. Conforme o advogado, ela atuava como autônoma, vendendo perfumes e lingeries no Brasil.



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