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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
BRASIL: A Justiça espanhola acusou formalmente nesta quarta-feira (2) o ex-lateral da seleção brasileira Daniel Alves pelo crime de agressão sexual cometido contra uma mulher em uma boate em Barcelona. Ele nega.
Com a formalização da acusação, o brasileiro vira réu no caso, que agora irá a julgamento. Ele seguirá preso.
Desde janeiro, quando foi ouvido pela polícia pela segunda vez e se contradisse, Daniel Alves está em prisão preventiva, sob a alegação de risco de fuga. Ele não tem direito a fiança e seguirá no mesmo presídio, nos arredores de Barcelona, enquanto aguarda o julgamento, que deve acontecer em setembro.
A juíza responsável pela investigação disse que encontrou evidências de irregularidades por parte do jogador, que alega ter feito sexo consensual com a mulher que o acusa de estupro (leia mais sobre o caso abaixo).
O brasileiro mudou sua versão pelo menos três vezes. Na primeira vez em que falou sobre o caso, em um programa de TV da Espanha, ele afirmou que não conhecida a denunciante.
Em abril, já preso, ele declarou à juíza responsável pelo caso que manteve relações sexuais consensuais com a jovem sem penetração. Ele argumentou ter mentido em um primeiro momento para ocultar a relação extraconjugal da esposa, a modelo espanhola Joanna Sanz, que posteriormente pediu a separação.
Em uma última versão, Alves reconheceu que houve penetração, mas repetiu que a relação foi consensual, o que a suposta vítima nega.
Na Espanha, denúncias de estupro são investigadas sob a acusação geral de agressão sexual, e as condenações podem levar a penas de prisão de 4 a 15 anos.
Se for condenado, Alves também precisará pagar 150 mil euros (cerca de R$ 784 mil) para cobrir eventuais danos e prejuízos (esse dinheiro não será pago para que ele possa sair em liberdade condicional).