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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
BRASIL - Além de aceitar a denúncia e tornar réu o estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre por lesão corporal e injúria por homofobia cometidos contra o ator Victor Meyniel, a Justiça também já definiu a situação do porteiro Gilmar José Agostini.
Ele foi indiciado por omissão de socorro por não ter feito nenhum tipo de intervenção ou chamado socorro imediato para o momento em que Meyniel era agredido.
Por se tratar de uma infração menor — não aplicável em omissões que resultem em morte —, o Ministério Público ofereceu o benefício de transação penal, que foi aceito pela Justiça, que marcou a audiência especial para o dia 7 de novembro.
A transação penal é um tipo de acordo proposto pelo MP em que um indiciado concorda com a aplicação de uma pena restritiva de direito ou de uma multa e, em troca, tem o processo extinto.
Já no caso do estudante Yuri de Moura Alexandre, a 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio aceitou a denúncia do Ministério Público e o tornou réu por lesão corporal e injúria por homofobia — cometidos contra Meyniel —, e por falsa identidade, por ter se apresentado como médico da Aeronáutica.
Yuri também teve a prisão preventiva mantida.
O caso aconteceu no dia 2 de setembro, em um prédio em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro e, de acordo com a denúncia, além de espancar o ator, Yuri o ofendeu utilizando-se de expressões homofóbicas.
A agressão aconteceu por volta das 8h de 2 de setembro. Victor e Yuri se conheceram em uma casa noturna em Copacabana e foram para o apartamento de Yuri.
Victor diz que, já no apartamento, o comportamento de Yuri mudou depois que uma amiga dele, que também mora no imóvel, chegou.
"Parece que virou uma chave, me botou para fora, me empurrou. E aí nisso que ele me empurrou, como eu estava sem sapato, porque eu tirei para ficar no sofá, eu estava no chão, ele me empurrou, foi e tacou o sapato [em mim]", contou.
A TV Globo teve acesso aos vídeos com toda movimentação na portaria (veja no alto da reportagem).