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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
RIO - A Justiça do Rio negou, mais uma vez, o pedido de liberdade de Adriana Ferreira Almeida, conhecida como a Viúva da Mega-Sena, condenada a 20 anos de prisão por planejar o assassinato do ex-lavrador milionário René Senna em 2007.
O advogado da ex-cabeleireira tentou substituir a prisão preventiva por medidas cautelares, mas o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) explicou que isso não poderia ser acatado porque Adriana já havia conseguido esse benefício depois de seu segundo julgamento. À época, contudo, ela descumpriu as medidas, ficando foragida após uma decisão posterior que determinava que ela voltasse para a prisão.
Há aproximadamente um mês, Adriana não conseguiu liberdade após pedir um Habeas Corpus, tentando se beneficiar do novo entendimento do Tribunal Superior Federal (STF) sobre prisões após condenação em segunda instância.
Relembre o caso
René Senna foi executado a tiros por dois homens contratados por Adriana, em janeiro de 2007, em Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio. De acordo com a sentença que condenou a ex-cabeleireira, Adriana ordenou a morte do marido após ele ter dito que iria excluí-la do testamento, pois havia descoberto que estava sendo traído. Atualmente, ela cumpre a pena em um presídio do Rio.
Durante um ano e meio em que foi milionário, Senna obteve um patrimônio inimaginável para um ex-lavrador. Em maio de 2008, quando começou a tramitar o processo da partilha dos bens, o dinheiro dele estava depositado em duas contas: R$ 1,9 milhão na conta conjunta com Adriana e R$ 43,8 milhões numa caderneta de poupança na Caixa Econômica Federal. Atualmente, a filha do ex-lavrador e outros 13 irmãos lutam na Justiça para receber o montante.
Entre os bens mais valiosos da herança, está a Fazenda Nossa Senhora da Conceição, em Rio Bonito, comprada por R$ 9 milhões. Foi lá que o milionário viveu seus últimos sete meses de vida. O imóvel está abandonado. A propriedade tem 9,3 quilômetros quadrados, campo de futebol, quadra de vôlei, pomar e uma casa com sete quartos, cinco banheiros, quatro salas, adega, duas piscinas, sauna e churrasqueira.
Durante o julgamento em que foi condenada, Adriana disse que amava René e que sua vida era muito melhor quando ele estava vivo: “Eu tinha tudo”, afirmou na ocasião. Após o crime, a ex-cabeleireira se casou novamente e incorporou o sobrenome do novo marido ao seu: hoje, ela assina Adriana Ferreira Almeida Nascimento.