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porto velho, domingo 9 de fevereiro de 2025
MUNDO: Centenas de apoiadores da junta militar que agora governa o Níger marcharam na capital Niamei nesta quinta-feira (03) para protestar contra as sanções de países da África Ocidental, enquanto ministros de Defesa da região discutiam uma possível intervenção para restaurar a democracia no país.
O general Abdourahamane Tiani, ex-chefe da guarda presidencial do Níger, confinou o presidente Mohamed Bazoum em sua residência na semana passada e se declarou chefe de Estado no sétimo golpe de Estado na África Ocidental e Central desde 2020.
O principal bloco regional, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), impôs sanções e disse que pode autorizar o uso da força se os soldados não restaurarem Bazoum ao poder até domingo.
A Cedeao, que disse que golpes não seriam mais tolerados na região após os recentes levantes militares em Mali, Burkina Faso e Guiné, adotou linha mais dura com o Níger, dizendo que precisa mostrar que “não só pode latir, mas pode morder” .
Tiani, que conquistou o apoio das juntas em Mali e Burkina Faso, disse que seu país reagirá.
“Se eles (Cedeao) perseguirem sua lógica destrutiva até o fim, que Alá cuide do Níger e garanta que esta seja a grande batalha final que lutaremos juntos pela verdadeira independência de nossa nação”, disse ele em um discurso televisionado na noite de quarta-feira.
Esta quinta-feira marca o 63º aniversário da independência do Níger em relação à França.
Um dos manifestantes em Niamei segurava um cartaz que dizia: “Viva Níger, Rússia, Mali e Burkina. Abaixo a França, Cedeao, UE.” Outros agitavam bandeiras russas enquanto se reuniam do lado de fora da Assembleia Nacional.