Fundado em 11/10/2001
porto velho, segunda-feira 10 de fevereiro de 2025
MUNDO: Seis pessoas foram presas na quinta-feira passada (10), suspeitas de envolvimento na morte do candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio. Outro suspeito foi morto horas depois do crime, na quarta-feira (9).
Villavicencio foi assassinado na noite do dia 9 de agosto ao deixar um comício no Anderson College, na cidade de Quito, capital do Equador. Ele foi baleado várias vezes depois de já estar dentro do carro no qual sairia do local.
Segundo o Ministério Público do país, o suspeito morto logo depois do atentado foi atingido durante uma troca de tiros com seguranças pessoais do candidato. Ele ficou gravemente ferido e chegou a ser transferido para a Unidade de Flagrantes de Quito, mas não resistiu. Sua identidade não foi divulgada.
As seis pessoas presas preventivamente no dia seguinte, durante incursões nas áreas de Conocoto e San Bartolo, em Quito, foram identificadas pelo ministro do Interior equatoriano, Juan Zapata, apenas pelo primeiro nome e a primeira letra de seu sobrenome.
Segundo Zapata, todos os detidos são colombianos e pertenciam a grupos criminosos, de acordo com evidências preliminares. O ministro ainda garantiu que dois dos detidos “foram identificados na cena do crime”.
Durante as operações, as autoridades também encontraram um fuzil, uma metralhadora, quatro pistolas, três granadas, dois carregadores de fuzil, quatro caixas de munição, duas motocicletas e um veículo roubado que teria sido usado pelos homens, disse Zapata.
Uma semana antes de morrer, Fernando Villavicencio disse em entrevista que estava sendo ameaçado por um dos principais cartéis de drogas equatorianos, Los Choneros.
“Há três dias, um militante de Manabí [cidade do Equador] recebeu visitas de vários mensageiros de Alias Fito [líder do cartel Los Choneros] para dizer a ele que, se eu continuasse mencionando os Los Choneros, eles iriam me quebrar”, disse Villavicencio no programa Vis a Vis, no dia 2 de agosto.
O candidato havia responsabilizou previamente o Los Choneros por qualquer eventual atentado que pudesse ocorrer contra ele, sua família ou sua equipe.
No entanto, um vídeo atribuído ao outro principal cartel do país, Los Lobos, foi divulgado logo após a morte de Villavicencio, reivindicando autoria do atentado. No entanto, várias fontes informaram à CNN se tratar de um vídeo falso, com imagens antigas e áudio editado.