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    porto velho, quarta-feira 12 de fevereiro de 2025

Irã avisa que Israel 'acelera a própria morte' com bombardeio a hospital em Gaza

Sem provas da autoria, aiatolás seguem narrativa dos terroristas e dizem que EUA e países europeus são 'cúmplices' de crimes


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Publicada em: 18/10/2023 11:08:49 - Atualizado

MUNDO: O Irã condenou, nesta quarta-feira (18), o bombardeio "do regime sionista de Israel" a um hospital na Faixa de Gaza que deixou cerca de 300 mortos. Apoiador do grupo terrorista Hamas e ainda sem provas concretas sobre a autoria do ataque ao centro de saúde, o regime dos aiatolás disse que Israel "acelerou a própria morte por meio das mãos de palestinos e muçulmanos do Oriente Médio".

“Esse crime, definitivamente, não ficará sem resposta, e os líderes de países da Europa e dos Estados Unidos são cúmplices dos crimes de guerra de Israel", diz o comunicado publicado nesta quarta.

A nota oficial foi divulgada um dia depois de um ataque, com um foguete, ao hospital Al-Ahli, em Gaza, também conhecido como Hospital Batista. Entre 200 e 300 pessoas morreram — incluindo mulheres e crianças — no episódio, cuja autoria ainda está em aberto. O Hamas acusa os israelenses, enquanto Israel aponta um disparo malsucedido da Jihad Islâmica, outro grupo terrorista em Gaza, como a razão para a tragédia.

“Com esse crime, que é um flagrante exemplo de crime de guerra, contra a humanidade, genocídio e massacre de mulheres, crianças e pacientes indefesos, o regime sionista [de Israel] retrata o pico de sua brutalidade, ignomínia e desrespeito por todos os princípios e regras humanos, além de demonstrar sua natureza cruel à vida para todos", completou.

Na terça (17), o Irã usou uma mensagem enigmática para sugerir que países árabes e muçulmanos podem atacar Israel, transformando a guerra da nação hebraica contra os terroristas do grupo Hamas em um conflito de grandes proporções. Visto mais de 4 milhões de vezes, o post traz apenas a frase “Seu tempo acabou”, mas escrito em hebraico, uma provocação direta a Israel.

Pedido de reação de aliados

O Irã cobrou os países aliados a agir para reforçar o apoio aos palestinos. “Ao condenar esse crime hediondo [do ataque ao hospital] com força máxima, a República Islâmica do Irã cobra a comunidade internacional e as Nações Unidas a intermediar a ação para parar os crimes do regime racista de Israel de matar crianças", advertiu o comunicado iraniano.

A nota do Irã diz ainda que o regime israelense cometeu incontáveis atrocidades desde o dia de Nakba — que marca a criação do Estado judeu, em 1948 — até hoje. No entanto, a onda de crueldade prosseguiu, e o ataque a um hospital cheio de mulheres e crianças inocentes, feridas e doentes será considerado um ponto de virada na lista dos crimes do regime contra a humanidade, advertiram os aiatolás.

O governo do Irã também pediu a países islâmicos, a governos independentes em busca de liberdade e a assembleias internacionais que se unam para reforçar a resistência pró-Palestina.

“Além de cortarem laços com o regime ilegal e ilegítimo de Israel, eles deveriam expulsar embaixadores e representantes diplomáticos desse governo falso de seu território e de assembleias internacionais", acrescenta a nota.


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