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porto velho, quarta-feira 12 de fevereiro de 2025
MUNDO: O chefe do setor de cirurgia ortopédica do Hospital Al-Ahli al-Arabi em Gaza, Fadel Naim, tinha acabado de concluir um procedimento quando ouviu uma enorme explosão, e seu departamento se encheu de pessoas que gritavam por socorro.
"As pessoas entraram correndo no departamento de cirurgia gritando: 'Ajudem-nos, ajudem-nos, há pessoas mortas e feridas dentro do hospital'", disse ele.
"O hospital estava cheio de mortos e feridos, corpos desmembrados", contou. "Tentamos salvar quem podia ser salvo, mas o número era grande demais para a equipe do hospital."
A explosão, ocorrida nesta terça-feira (17), matou cerca de 500 pessoas. Muitas delas tentavam se proteger dos bombardeios que atingem a Faixa de Gaza desde que o Estado de Israel foi atacado pelo grupo terrorista Hamas, no dia 7 de outubro.
Autoridades palestinas culparam um ataque aéreo israelense pela explosão. Israel disse que ela foi causada pelo lançamento de um foguete fracassado do grupo terrorista Jihad Islâmica, que negou a culpa.
"Sem aviso, este hospital foi alvo de ataques. Não sabemos o nome do projétil, mas vimos os resultados quando ele atingiu crianças e despedaçou seus corpos", afirmou Naim.