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porto velho, quarta-feira 12 de fevereiro de 2025
MUNDO: O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden disse na segunda-feira (13) que o principal hospital da cidade de Gaza, o Al Shifa, deve ser protegido.
Biden disse, ainda, que espera haver menos ações intrusivas no local e reiterou que “há um esforço para fazer esta pausa para a libertação de reféns, algo que também está em negociação com a ajuda do Catar”.
A declaração do líder americano foi dada a repórteres durante um evento no Salão Oval da Casa Branca, em meio ao avanço de tanques israelenses próximos aos portões do hospital.
O Al Shifa se tornou o principal alvo na batalha de Israel para tomar o controle do norte da Faixa de Gaza. Médicos que estão no local alegam que os pacientes, incluindo recém-nascidos, estão morrendo por falta de combustíveis que permitam que o hospital funcione.
Ashraf Al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza,que é controlado pelo Hamas, disse que mais de 30 pacientes, incluindo três recém-nascidos, morreram nos últimos três dias por causa do cerco ao hospital e pela falta de energia.
Ainda segundo Al-Qidra, os médicos do Al Shifa estão se recusando a cumprir a ordem de retirada das forças de defesa de Israel, alertando que os cercas de 700 pacientes morrerão se deixados para trás.
Israel insiste que o cerco militar ao hospital é justificado, apesar de receber críticas da Organização das Nações Unidas, entre outros.
Um funcionário do governo americano ligado ao serviço de inteligência dos Estados Unidos disse à CNN que o Hamas possui um centro de comando abaixo do Al Shifa, utiliza combustível do hospital e que os militantes costumam se reunir no local.
Reação da Casa Branca
O Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que a declaração do presidente americano se refere ao “peso extra que as Forças de Defesa de Israel enfrentam ao avançar em Gaza, porque o Hamas realmente se abriga em estruturas civis.”
Kirby disse, ainda, que “é mais difícil para qualquer força militar ir atrás de seus alvos, porque o hospital em si deve ser – como Biden disse – protegido”.