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    porto velho, sexta-feira 26 de julho de 2024

Chanceler de Israel publica vídeo com brasileira que estava em festa atacada pelo Hamas e critica Lula

Israel Katz fez postagem nesta quarta-feira (21), um dia após ter cobrado do presidente brasileiro um pedido de desculpas


R7

Publicada em: 21/02/2024 15:35:11 - Atualizado


MUNDO: O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (21), pelas declarações do petista em que comparou as ações de defesa israelense com o extermínio de judeus durante o governo nazista de Adolf Hitler, na Alemanha. Nas redes sociais, a autoridade israelense destacou que a brasileira Rafaela Triestman estava no festival de música quando o grupo terrorista iniciou o ataque contra Israel, em 7 de outubro, e disse que ela teria uma mensagem a qual Lula deveria ouvir.

"A brasileira Rafaela Triestman estava no festival de música Nova quando terroristas do Hamas atacaram Israel, em 7 de outubro. Rafaela sobreviveu, mas seu namorado Ranani Glazer foi brutalmente assassinado por terroristas do Hamas, juntamente com vários dos seus amigos. Presidente Lula, após a sua comparação entre a nossa guerra justa contra o Hamas e os atos desumanos de Hitler e dos nazistas, a Rafaela tem uma mensagem que o senhor deveria ouvir", escreveu Katz.

A menção ao presidente brasileiro foi feita um dia após Katz ter cobrado um pedido de desculpas. "Milhões de judeus em todo o mundo estão à espera do seu pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler? É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez? Levou milhões de pessoas para guetos, roubou suas propriedades, as usou como trabalhadores forçados e depois, com brutalidade sem fim, começou a assassiná-las sistematicamente. Primeiro com tiros, depois com gás. Uma indústria de extermínio de judeus, de forma ordeira e cruel", escreveu o chanceler.

A cobrança do pedido de desculpas foi feita por Katz em português nas redes sociais. Lula foi classificado por Israel como "persona non grata" por declarações em que comparou as ações de defesa israelense no conflito contra o grupo terrorista Hamas ao nazismo. Segundo o ministro das Relações Exteriores de Israel, o presidente brasileiro é considerado indesejado no país até que haja uma retratação sobre as declarações.

Lula tem defendido que em nenhum momento se referiu ao povo judeu e sim ao governo de Netanyahu, segundo fontes da RECORD. Por isso, não teria quebrado o "combinado" com o Ministério das Relações Exteriores, de ter todo cuidado com o assunto. Dessa forma, não há previsão de uma retratação pública até que o petista converse com o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, que foi convocado de volta ao país para consultas.


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