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    porto velho, sábado 22 de fevereiro de 2025

Brasil chama mortes de civis em Gaza de “massacre” e critica Israel: “Situação intolerável”

Em comunicado, Itamaraty afirma que declarações "cínicas e ofensivas" vindas do governo Netanyahu sobre o caso "devem ser a gota d’água


CNN

Publicada em: 01/03/2024 09:39:39 - Atualizado

MUNDO: O Brasil se pronunciou, nesta sexta-feira (1º), chamando de “massacre” as mortes de civis enquanto tentavam pegar comida de um comboio de ajuda humanitária em Gaza, e fez duras críticas ao governo israelense de Benjamin Netanyahu.

Pelo menos 112 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em Gaza depois que as forças de Israel abriram fogo enquanto civis palestinos esperavam por comida, de acordo com o Ministério da Saúde palestino em Gaza.

Os militares de Israel e testemunhas oculares deram relatos contraditórios dos acontecimentos no terreno.

Em comunicado divulgado nesta sexta, o Itamaraty afirmou que “trata-se de uma situação intolerável, que vai muito além da necessária apuração de responsabilidades pelos mortos e feridos de ontem”.

O governo brasileiro aponta que as aglomerações em torno do comboio de ajuda “demonstram a situação desesperadora a que está submetida a população civil da Faixa de Gaza e as dificuldades para obtenção de alimentos no território”.

Em crítica direta ao primeiro-ministro israelense, o Itamaraty ainda afirmou que o governo de Israel “volta a mostrar, por ações e declarações, que a ação militar em Gaza não tem qualquer limite ético ou legal”.

O Brasil cobra a comunidade internacional para “dar um basta” e evitar novas atrocidades. “A cada dia de hesitação, mais inocentes morrerão. A humanidade está falhando com os civis de Gaza. E é hora de evitar novos massacres”, acrescentou o comunicado.

Por fim, o Itamaraty expressou solidariedade ao povo palestino, relembrou as mais de 30 mil mortes em Gaza desde o início do conflito, e reiterou “a absoluta urgência de um cessar-fogo e do efetivo ingresso em Gaza de ajuda humanitária em quantidades adequadas, bem como a libertação de todos os reféns”.



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