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porto velho, sábado 22 de fevereiro de 2025
MUNDO: O Brasil se pronunciou, nesta sexta-feira (1º), chamando de “massacre” as mortes de civis enquanto tentavam pegar comida de um comboio de ajuda humanitária em Gaza, e fez duras críticas ao governo israelense de Benjamin Netanyahu.
Pelo menos 112 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em Gaza depois que as forças de Israel abriram fogo enquanto civis palestinos esperavam por comida, de acordo com o Ministério da Saúde palestino em Gaza.
Os militares de Israel e testemunhas oculares deram relatos contraditórios dos acontecimentos no terreno.
Em comunicado divulgado nesta sexta, o Itamaraty afirmou que “trata-se de uma situação intolerável, que vai muito além da necessária apuração de responsabilidades pelos mortos e feridos de ontem”.
O governo brasileiro aponta que as aglomerações em torno do comboio de ajuda “demonstram a situação desesperadora a que está submetida a população civil da Faixa de Gaza e as dificuldades para obtenção de alimentos no território”.
Em crítica direta ao primeiro-ministro israelense, o Itamaraty ainda afirmou que o governo de Israel “volta a mostrar, por ações e declarações, que a ação militar em Gaza não tem qualquer limite ético ou legal”.
O Brasil cobra a comunidade internacional para “dar um basta” e evitar novas atrocidades. “A cada dia de hesitação, mais inocentes morrerão. A humanidade está falhando com os civis de Gaza. E é hora de evitar novos massacres”, acrescentou o comunicado.
Por fim, o Itamaraty expressou solidariedade ao povo palestino, relembrou as mais de 30 mil mortes em Gaza desde o início do conflito, e reiterou “a absoluta urgência de um cessar-fogo e do efetivo ingresso em Gaza de ajuda humanitária em quantidades adequadas, bem como a libertação de todos os reféns”.