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porto velho, domingo 1 de junho de 2025
MUNDO: O artigo II, seção III da Constituição americana é claro: o presidente deve de “tempos em tempos” informar o Congresso sobre o “Estado da União”. O texto não estipula a periodicidade do pronunciamento, nem a forma que deve ser feito.
O primeiro chefe de Estado dos EUA, George Washington, decidiu fazer o discurso presencialmente e de forma anual. Depois, Thomas Jefferson resolveu se pronunciar por meio de uma carta endereçada ao legislativo. Mas desde o mandato de Franklin D. Roosevelt, em 1933, se convencionou que o “Estado da União” deve acontecer uma vez por ano e de forma presencial no Capitólio.
É o momento de o presidente enaltecer conquistas durante o mandato, expor a agenda para os próximos anos (ou meses), seja na política interna, segurança ou nas relações internacionais.
O discurso reúne integrantes do Congresso, o líder da Câmara, a vice-presidente, convidados especiais e os membros que formam o gabinete do presidente. Estes últimos, nos Estados Unidos, são chamados de secretários, equivalentes aos ministros no Brasil. Todos (com pouquíssimas exceções ao longo da história) fazem parte da linha sucessória presidencial e devem estar a postos para comandar a nação em caso de morte ou incapacidade dos outros.
Reunir todos esses integrantes da linha de sucessão em um mesmo local ao mesmo tempo pode se mostrar um desafio de segurança e um risco à continuidade do governo. Por isso, nos tempos da Guerra Fria, diante das ameaças de um ataque nuclear, o protocolo do “sobrevivente designado” (em tradução livre) passou a ser adotado.