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    porto velho, terça-feira 22 de outubro de 2024

Refém israelense enfrentou abusos e “punições” no cativeiro do Hamas, diz família

Andrey Kozlov havia sido sequestrado pelo grupo armado em 7 de outubro passado, há 8 meses


CNN

Publicada em: 12/06/2024 16:34:59 - Atualizado


MUNDO: A família de um dos reféns resgatados em uma operação de Israel, no fim de semana, disse que o prisioneiro sofreu abusos psicológicos nas mãos dos seus captores do Hamas. Os reféns foram detidos durante oito meses, em Gaza.

Andrey Kozlov, de 27 anos, foi resgatado ao lado de Noa Argamani, Almog Meir Jan e Shlomi Ziv durante uma operação no campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, no sábado (8).

A operação, comemorada em Israel no final de semana, foi o terceiro resgate israelense de reféns detidos em Gaza.

Contudo, as autoridades de Gaza dizem que pelo menos 274 palestinos foram mortos no ataque e no tiroteio que se seguiu com militantes do Hamas.

Kozlov e os outros foram detidos em dois edifícios civis no território densamente povoado.

O pai de Kozlov, Mikhail Kozlov, disse que seu filho estava “muito assustado” porque os militantes do Hamas disseram durante meses falsamente que “Israel queria matar todos eles”, alegando que “eles eram um problema para Israel”.

“Disseram que Israel queria matá-lo. Ele não entendeu por que as forças israelenses vieram. Ele estava com medo elas iriam matá-lo. Demorou algum tempo para ele perceber que era um resgate”, disse o pai do refém.

Mikhail disse que seu filho não revelaria todas as maneiras como foi maltratado, mas acrescentou que “ele não era visto como humano por eles”.

“Eu diria que eles o puniriam por qualquer comportamento que considerassem errado”, disse.

“Um dos exemplos que Andrey nos deu é que nos horários mais quentes do dia eles o cobriam com cobertores”, explicou.

“É uma ordem muito difícil, para ficar desidratado durante o calor”, o pai de Andrey Kozlov concluiu.

O irmão do refém, Dmitry, disse que “eles estavam tentando não deixar marcas [físicas]. Mas ainda assim o puniriam de uma forma ou de outra. Muitas vezes, para coisas triviais.”

“Disseram-lhe para não falar em hebraico, é preciso sussurrar e [mesmo isso] em inglês”, acrescentou.



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