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    porto velho, terça-feira 25 de junho de 2024

Suíça sedia cúpula pela paz na Ucrânia sem a presença de autoridades da Rússia

Líderes mundiais reúnem-se com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, neste sábado(15)


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Publicada em: 15/06/2024 12:00:55 - Atualizado


MUNDO: Líderes mundiais reúnem-se com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky , neste sábado(15) na Suíça em uma cúpula pela paz na Ucrânia, que devido à ausência russa é vista como um mero primeiro passo em um longo processo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva , não comparecerá e será representado por seu embaixador em Berna.

A reunião acontece um dia depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter exigido a rendição de Kiev antes de qualquer negociação.

O encontro de dois dias será no luxuoso resort Burgenstock e reunirá Zelensky a mais de 50 chefes de estado e de governo.

O objetivo, segundo o país anfitrião, é preparar um caminho para a paz que mais tarde envolverá também a Rússia.

Putin, no entanto, chamou a cúpula de "truque para desviar a atenção".

Em um discurso televisionado, o líder do Kremlin disse que ordenará um cessar-fogo e iniciará negociações "assim que" Kiev começar a retirar as tropas do disputado leste e sul da Ucrânia e renunciar à adesão à Otan.

Zelensky rejeitou o "ultimato" de Putin e mencionou o estilo de Adolf Hitler.

A Otan e os Estados Unidos também repudiaram as condições de Moscou para acabar com a guerra que começou com a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Para o chanceler alemão, Olaf Scholz, as exigências russas equivalem a "ditar" a paz.

EUA anuncia ajuda à Ucrânia

Depois de quase um ano de estagnação, a Ucrânia teve de abandonar dezenas de posições no front nos últimos meses diante da ofensiva russa com tropas maiores e melhor equipadas.

Mas desde meados de maio, a Rússia reduziu seu avanço e Zelensky espera inverter a tendência a partir desta cúpula e da anterior na Itália, com líderes do G7, encerrada com um empréstimo de 50 bilhões de dólares (268 bilhões de reais) a Kiev, financiado com juros dos ativos russos congelados.

Zelensky disse que o empréstimo seria usado "tanto para defesa quanto para reconstrução". Putin descreveu esta medida como "roubo" e advertiu que "não ficará impune".

Nesse mesmo fórum, Zelensky assinou com o seu homólogo americano, Joe Biden, um acordo bilateral de segurança que implicará o fornecimento de ajuda militar e treinamento às tropas de Kiev.


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