Fundado em 11/10/2001
porto velho, segunda-feira 24 de fevereiro de 2025
MUNDO: Líderes mundiais reúnem-se com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky , neste sábado(15) na Suíça em uma cúpula pela paz na Ucrânia, que devido à ausência russa é vista como um mero primeiro passo em um longo processo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva , não comparecerá e será representado por seu embaixador em Berna.
A reunião acontece um dia depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter exigido a rendição de Kiev antes de qualquer negociação.
O encontro de dois dias será no luxuoso resort Burgenstock e reunirá Zelensky a mais de 50 chefes de estado e de governo.
O objetivo, segundo o país anfitrião, é preparar um caminho para a paz que mais tarde envolverá também a Rússia.
Putin, no entanto, chamou a cúpula de "truque para desviar a atenção".
Em um discurso televisionado, o líder do Kremlin disse que ordenará um cessar-fogo e iniciará negociações "assim que" Kiev começar a retirar as tropas do disputado leste e sul da Ucrânia e renunciar à adesão à Otan.
Zelensky rejeitou o "ultimato" de Putin e mencionou o estilo de Adolf Hitler.
A Otan e os Estados Unidos também repudiaram as condições de Moscou para acabar com a guerra que começou com a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Para o chanceler alemão, Olaf Scholz, as exigências russas equivalem a "ditar" a paz.
Depois de quase um ano de estagnação, a Ucrânia teve de abandonar dezenas de posições no front nos últimos meses diante da ofensiva russa com tropas maiores e melhor equipadas.
Mas desde meados de maio, a Rússia reduziu seu avanço e Zelensky espera inverter a tendência a partir desta cúpula e da anterior na Itália, com líderes do G7, encerrada com um empréstimo de 50 bilhões de dólares (268 bilhões de reais) a Kiev, financiado com juros dos ativos russos congelados.
Zelensky disse que o empréstimo seria usado "tanto para defesa quanto para reconstrução". Putin descreveu esta medida como "roubo" e advertiu que "não ficará impune".
Nesse mesmo fórum, Zelensky assinou com o seu homólogo americano, Joe Biden, um acordo bilateral de segurança que implicará o fornecimento de ajuda militar e treinamento às tropas de Kiev.