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porto velho, quarta-feira 30 de outubro de 2024
MUNDO: No domingo seguinte ao debate presidencial de 27 de junho, os principais conselheiros de Donald Trump foram para a cama esperando que a preocupação democrata sobre o desempenho do presidente Joe Biden arrefecesse e desse lugar a um novo ciclo de manchetes no início da nova semana.
Mas quando acordaram na manhã seguinte com a intensificação da calamidade democrata, começaram a conspirar para o extraordinário cenário potencial de Biden se afastar.
Nos bastidores, entre a preparação para uma convenção e uma tentativa de assassinato que abalaria o país, eles também estudaram o campo dos potenciais candidatos democratas, questionaram Trump contra um possível substituto e começaram a lançar mais ataques suaves contra a vice-presidente Kamala Harris, acreditando ela seria a herdeira mais provável da candidatura.
Agora, com Biden anunciando que não concorrerá à reeleição, as sementes desse trabalho já estão à mostra. Poucas horas depois de Biden ter desistido da corrida e apoiado o seu vice-presidente no domingo (21), os gestores de campanha de Trump divulgaram uma declaração contundente ligando Harris às políticas da administração. Enquanto isso, um grupo que coleta doações de campanha alinhado divulgou anúncios em alguns estados indecisos tentando definir Harris como alguém que permitiu a atuação de Biden quando ele estava claramente diminuído.
Trump também trabalhou rapidamente para obter vantagem sobre quem quer que fosse o seu próximo adversário, sugerindo que o próximo debate deixasse de ser realizado na ABC, vista como progressista, para os estúdios da Fox News, mais amigáveis aos republicanos.