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porto velho, sábado 12 de julho de 2025
MUNDO: O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, escapou de um impeachment neste sábado (7), depois que a oposição não conseguiu reunir apoio suficiente para removê-lo do cargo. A tentativa aconteceu dias após a aplicação de uma lei marcial, que foi revogada, imposta pelo presidente, vista como uma tentativa de autogolpe no país.
Os deputados do governista PPP (Partido do Poder do Povo) , ao qual pertence Yoon, boicotaram a sessão de votação do impeachment: entre os 108 aliados do presidente, apenas três congressistas, Ahn Cheol-soo, Kim Yea-ji e Kim Sang-wook, permaneceram no plenário, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
O porta-voz da Assembleia afirmou que o número de votos não atingiu quórum necessário, inviabilizando o processo. "O povo sul-coreano estava observando nossa decisão hoje. Nações ao redor do mundo estavam nos observando. É totalmente lamentável que a votação efetivamente não tenha ocorrido", disse Woo Won-shik, em fala publicada pelo jornal The New York Times.
Do lado de fora da Assembleia Nacional, em Seul, uma multidão se reunia para pressionar pela aprovação do impeachment . Os trens do metrô não paravam nas duas estações próximas. A entrada do prédio estava bloqueada; o público acompanhava com gritos de protesto e músicas populares sul-coreanas.
Às 19h15 (7h15 no horário de Brasília), o amplo gramado estava inacessível, bloqueado por carros e ônibus distribuídos pelo espaço para impedir helicópteros. Na terça (3), eles trouxeram soldados na tentativa de invadir o prédio, quando Yoon declarou a lei marcial.
A oposição precisava de pelo menos oito votos da base governista para alcançar a maioria de dois terços necessária para aprovar o impeachment. Antes, os parlamentares governistas já haviam conseguido rejeitar um pedido de investigação especial contra a primeira-dama Kim Keon-hee.