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    porto velho, sexta-feira 24 de janeiro de 2025

'Eu não vou me desculpar', diz bispa que contrariou presidente Trump em sermão

Durante missa, Mariann Edgar Budde fez um apelo direto ao presidente, pedindo compaixão em relação aos imigrantes e à comunidade LGBTQIA+


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Publicada em: 23/01/2025 12:13:24 - Atualizado

MUNDO: A bispa Mariann Edgar Budde afirmou que não vai pedir desculpas ao presidente Donald Trump pelas falas ditas em um sermão após a posse do republicano. Durante uma missa em Washington, ela fez um apelo direto a Trump, pedindo compaixão em relação aos imigrantes e à comunidade LGBTQIA+.

"Eu lamento que isso tenha causado o tipo de resposta que causou, no sentido de que realmente confirmou exatamente aquilo sobre o que eu estava falando antes, que é nossa tendência de pular direto para a indignação e não falar uns com os outros com respeito", afirmou Mariann, em entrevista à National Public Radio (NPR). "Mas não, eu não vou me desculpar pelo que disse", acrescentou.

À Associated Press, a bispa também disse que não considera Trump um inimigo. "Acredito que podemos discordar respeitosamente, expor nossas ideias e continuar defendendo as convicções que nos foram dadas, sem recorrer à violência verbal."

Entenda o caso
O apelo de Mariann foi feito em uma missa na última terça-feira, 21, apenas um dia após Trump anunciar medidas severas contra a imigração, incluindo a revogação da cidadania automática para filhos de imigrantes ilegais e a ampliação da repressão nas fronteiras com auxílio do Exército.

Budde, primeira mulher a ocupar o cargo de bispa na capital dos EUA pela Igreja Episcopal desde 2011, utilizou o púlpito para criticar as ações do governo. Ela destacou as consequências das medidas para famílias imigrantes e para a comunidade LGBTQIA+ em meio ao cenário político polarizado.

"Nosso Deus nos ensina a sermos misericordiosos com o estrangeiro", disse. Com palavras incisivas, a bispa destacou o medo que permeia as comunidades afetadas. "As pessoas que colhem em nossas plantações, limpam nossos prédios, trabalham em granjas, frigoríficos e hospitais podem não ter a documentação adequada, mas a grande maioria dos imigrantes não é criminosa", afirmou.


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