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porto velho, sábado 1 de fevereiro de 2025
MUNDO: Foi em novembro de 2022 que o mundo foi impactado pelo ChatGPT. De repente, estávamos diante de uma página em branco que, a partir de alguns comandos em texto, fornecia respostas contextualizadas como se fosse uma conversa com um humano superinteligente.
E então, qual foi o nosso primeiro impulso egocêntrico?
Testá-lo em seus conhecimentos sobre nós mesmos. Com certeza, uma das suas primeiras interações com o LLM (large language model) da OpenAI foi perguntar o que ele sabe sobre você. Conheço uma porção de gente que, mesmo tendo um verbete atualizado na Wikipédia e certa presença na mídia, frustrou-se com as respostas.
Na época, eram comuns relatos no estilo: “A-ha! Olha lá… esse negócio não é tão inteligente assim” e “ Ainda precisa avançar muito para substituir alguém”.
Depois, os testes seguiram para áreas que dominamos. Um médico perguntava sobre doenças e tratamentos, um advogado sobre processos e jurisprudência, etc. As análises iniciais, manifestadas em opiniões, eram sempre para apontar a superficialidade das respostas ou os eventuais erros factuais cometidos.
Nessas horas, dá para sentir um desejo humano subconsciente e incontrolável de se mostrar melhor que a máquina, de se valorizar diante de uma evidente ameaça. Um instinto de sobrevivência que age mais forte que nosso lado racional.