Um bombardeio russo à infraestrutura energética deixou milhares de pessoas na região de Chernihiv, no norte da Ucrânia, sem energia e algumas sem água nesta terça-feira (21).

Os reparos estão sendo adiados pela ameaça persistente de ataques de drones, informaram autoridades.

O Ministério da Energia informou que a capital regional, também chamada de Chernihiv, e a parte norte da província perderam todo o fornecimento de energia.

A ofensiva, que também teve como alvo a região vizinha de Sumy, no norte do país, foi a mais recente de uma campanha de ataques russos contra a rede elétrica ucraniana antes do inverno.

A região de Chernihiv, que tinha uma população de pouco menos de um milhão de habitantes antes da guerra, tem sido atingida por ataques de drones e mísseis russos contra sua infraestrutura elétrica nas últimas semanas, causando apagões regulares e interrompendo a vida cotidiana.

Drones na região dificultam reparos

“Equipes de emergência na região de Chernihiv não conseguem iniciar os trabalhos de restauração do fornecimento de energia devido aos ataques contínuos de drones russos”, informou o Ministério da Energia em um comunicado no Telegram.

O governo acusou a Rússia de sobrevoar instalações danificadas com drones para impossibilitar a realização de reparos e “prolongar deliberadamente a crise humanitária”.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky escreveu no Telegram duas horas depois que os reparos já estavam em andamento.

“As táticas da Rússia são assassinar pessoas e aterrorizá-las com o frio”, disse ele.

“(O presidente russo Vladimir) Putin finge estar pronto para a diplomacia e negociações de paz, enquanto na realidade a Rússia lançou um ataque brutal com mísseis e drones esta noite”, escreveu o ministro das Relações Exteriores, Andrii Sybiha, no X.

“Muitas comunidades ficaram sem energia em meio às baixas temperaturas do outono, algumas ficaram sem água”, acrescentou.