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    porto velho, sábado 11 de janeiro de 2025

Eleições nos EUA podem ter empate no colégio eleitoral, dizem analistas

O empate determina que a disputa presidencial seja decidida pela Câmara dos Representantes, de acordo com a 12ª Emenda da Constituição.


Assessoria

Publicada em: 26/10/2020 09:37:46 - Atualizado

Num país em que o ambiente político está polarizado ao extremo, o número 269 equivale para os americanos ao cenário de um pesadelo — ou seja, democratas e republicanos saem empatados com a mesma fração de delegados no Colégio Eleitoral.

As pesquisas têm indicado uma vantagem estável para Joe Biden sobre Donald Trump, tornando a possibilidade remota, mas não improvável. Há que estar preparado para ela.

O empate determina que a disputa presidencial seja decidida pela Câmara dos Representantes, de acordo com a 12ª Emenda da Constituição. E cada estado tem direito a um voto, independentemente de seu tamanho.

Isso significa que o Alasca, com apenas um representante na Câmara, tem o mesmo peso que estados mais populosos como Califórnia, com 53 congressistas, ou Texas, com 36. Desta forma, o vencedor tem que conquistar o voto de pelo menos 26 dos 50 estados.

Mas, caso a eleição de 3 de novembro termine em 269-269, será o próximo Congresso, que toma posse em dezembro, e não o atual, que escolherá o presidente. Digamos que a disputa empatada persista na Câmara dos Representantes. As delegações estaduais prosseguem a votação até o desempate.

Se, ainda assim, nenhum dos dois candidatos conseguir a maioria até o dia da posse, em 20 de janeiro, o presidente interino será o vice-presidente, indicado pelo Senado. Ele ocupa o cargo até que ocorra o desempate e pode ser do partido concorrente do vencedor — o que simbolizaria o auge do impasse político.

O último precedente foi registrado em 1824, na décima eleição presidencial dos EUA, que teve quatro candidatos. Como nenhum deles obteve os votos suficientes para vencer o Colégio Eleitoral, o pleito foi decidido na Câmara, em favor de John Quincy Adams, apesar de não ter sido o mais votado.

Embora remota, a possibilidade do empate preocupa Nancy Pelosi, a atual presidente da Câmara dos Representantes, que escreveu uma carta aos congressistas democratas incentivando-os a apoiarem candidatos de distritos que são decisivos em seus estados, na tentativa de consolidar a maioria na casa.


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