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porto velho, terça-feira 21 de janeiro de 2025
O Senado do Chile iniciou nesta terça-feira (16) uma sessão que decidirá a eventual destituição do presidente Sebastián Piñera pelo caso revelado nos "Pandora Papers" sobre a polêmica venda de uma mineradora em uma operação realizada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.
Aprovada na semana passada na Câmara dos Deputados, a acusação promovida pela oposição de centro e de esquerda não conta, porém, com os 29 votos necessários no Senado para a destituição do presidente. Se votassem em bloco a favor da remoção de Piñera, chegariam a apenas 24 senadores.
Esta é a segunda tentativa de destituição do presidente do Chile, que assumiu o cargo em março de 2018 e que, após a crise social de 2019, não conseguiu se recuperar de um dos períodos mais difíceis em 31 anos de democracia.
A Câmara Alta estabeleceu para esta terça uma sessão especial no Parlamento para tratar dos termos em que a mineradora Dominga foi vendida por uma empresa dos filhos do presidente em 2010, revelados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), conhecido como "Pandoras Papers". A sessão de hoje deve durar mais de dez horas.
"Viemos com a convicção de ter um debate profundo e sério, para que a corrupção seja levada a sério. Não pode continuar a ser minimizada ou naturalizada", pediu um dos deputados acusadores, Leonardo Soto, do Partido Socialista.