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    porto velho, terça-feira 21 de maio de 2024

Pelo menos 15 pessoas morrem em protestos contra o golpe militar no Sudão

Segundo relatos, forças de segurança usaram munição real para dispersar manifestantes em Cartum e outras cidades do país


AFP

Publicada em: 17/11/2021 18:30:32 - Atualizado

MUNDO: Ao menos 15 pessoas foram mortas nesta quarta-feira (17) durante a mais sangrenta repressão aos protestos contra o golpe militar ocorrido em outubro no Sudão, informou um sindicato médico pró-democracia.

Apenas nos subúrbios do norte da capital, Cartum, 11 pessoas, entre elas uma mulher, foram alvejadas por tiros, segundo os médicos. As forças de segurança que visavam "a cabeça, o pescoço ou o tronco" dos manifestantes, disse o sindicato.

No total, desde o golpe de 25 de outubro, pelo menos 39 pessoas, incluindo três adolescentes, morreram e centenas ficaram feridas.

A repressão pareceu piorar nesta quarta-feira. Ao meio-dia, o novo governo militar cortou todas as comunicações telefônicas, enquanto a internet está inacessível desde 25 de outubro.

No terceiro dia de protestos em massa, os ativistas não puderam se mobilizar como de costume por SMS e havia apenas alguns milhares de manifestantes em comparação com dezenas de milhares de ocasiões anteriores.

Todavia, a implantação de segurança e repressão foram mais fortes.

"Foi um dia muito ruim para os manifestantes", disse Soha, uma manifestante de 42 anos, à AFP. “Vi um ferido a bala atrás de mim e houve muitas prisões” em Cartum, acrescentou.

A Associação de Profissionais do Sudão, uma das mais ativas na revolta de 2019 que derrubou o ditador Omar al Bashir, denunciou nesta quarta-feira "imensos crimes contra a humanidade", acusando as forças de segurança de "homicídio premeditado".

"Crimes contra a humanidade"

"Foi um dia muito ruim para os manifestantes", contou uma manifestante de 42 anos, que se identificou como Soha, à AFP em Cartum. "Vi um homem ser baleado atrás de mim e houve muitas prisões."

A Associaçaõ de Profissionais do Sudão, uma das entidades mais ativas na revolta de 2019 que derrubou o ditador Omar al-Bashir denunciou nesta quarta "imensos crimes contra a humanidade", acusando as forças de segurança de "assassinatos premeditados".

A polícia nega as acusações e a emissora estatal anunciou a abertura de uma investigação sobre as mortes de manifestantes.

Todavia, a implantação de segurança e repressão foram mais fortes.

"Foi um dia muito ruim para os manifestantes", disse Soha, uma manifestante de 42 anos, à AFP. “Vi um ferido a bala atrás de mim e houve muitas prisões” em Cartum, acrescentou.

A Associação de Profissionais do Sudão, uma das mais ativas na revolta de 2019 que derrubou o ditador Omar al Bashir, denunciou nesta quarta-feira "imensos crimes contra a humanidade", acusando as forças de segurança de "homicídio premeditado".

"Crimes contra a humanidade"

"Foi um dia muito ruim para os manifestantes", contou uma manifestante de 42 anos, que se identificou como Soha, à AFP em Cartum. "Vi um homem ser baleado atrás de mim e houve muitas prisões."

A Associaçaõ de Profissionais do Sudão, uma das entidades mais ativas na revolta de 2019 que derrubou o ditador Omar al-Bashir denunciou nesta quarta "imensos crimes contra a humanidade", acusando as forças de segurança de "assassinatos premeditados".

A polícia nega as acusações e a emissora estatal anunciou a abertura de uma investigação sobre as mortes de manifestantes.

No entanto, na noite de quarta, o sindicato de médicos acusou as forças de segurança de persegui-los nos hospitais e jogar bombas de gás lacrimogênio contra os feridos e ambulâncias.

Apesar dos riscos, centenas de manifestantes seguiam mantendo barricadas pela noite, especialmente nos subúrbios ao norte da capital, enquanto as marchas em outras cidades pelo país já tinham se dispersado.

No último dia 25 de outubro, o general Abdel Fattah al Burhan, que dirigia o processo de transição, declarou estado de emergência, dissolveu o governo provisório e deteve os dirigentes civis que participavam do processo.

Como consequência, os EUA suspenderam uma ajuda de US$ 700 milhões (cerca de R$ 3,8 bilhões).


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