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porto velho, domingo 26 de janeiro de 2025
MUNDO: A Rússia prometeu nesta quinta-feira (10) que irá abrir rotas de evacuação diárias para civis na Ucrânia. Os corredores humanitários levarão os cidadãos para território russo e funcionarão diariamente a partir das 10h, no horário local. A informação foi dada pelo coronel-general Mikhail Mizintsev, do Ministério da Defesa russo, nesta quinta-feira (10).
“Garantimos total segurança nos territórios controlados pelas Forças Armadas russas”, disse Mizintsev. Não está claro se há um prazo final para essas rotas abertas.
A reunião entre os principais diplomatas das duas nações envolvidas na guerra no Leste Europeu não teve avanço no estabelecimento de um cessar-fogo de 24 horas para ajuda aos civis. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, encontrou o chanceler russo, Sergey Lavrov, no sul da Turquia nesta quinta-feira (10).
A guerra da Rússia contra a Ucrânia entrou na terceira semana e as consequências financeiras para os russos foram abordadas em uma reunião entre ministros do governo nesta quinta. O presidente Vladimir Putin afirmou que as sanções ocidentais contra a Rússia não são legítimas e destacou que o país resolveria seus problemas “com calma”.
“Temos os recursos que podemos e estamos prontos para fornecer aos nossos parceiros estrangeiros. Deixe-me repetir: se eles criarem algum tipo de problema para nós, as consequências negativas para esta área da economia são inevitáveis. Elas são inevitáveis. O preço vai subir ainda mais”, acrescentou o presidente russo.
Em território ucraniano, os conflitos mais intensos seguem na cidade de Mariupol. O Ministério da Defesa da Rússia, por meio da agência russa Tass, disse que assumiu parte do controle da cidade e que 2.911 instalações militares ucranianas já foram destruídas desde o início da guerra. As perdas russas, no entanto, podem ter passado de 6.000 soldados.
A Ucrânia está abrindo sete “corredores humanitários” para que civis deixem cidades sitiadas por forças russas, informou a vice-primeira-ministra, Iryna Vereshchuk.
Os civis já começaram a deixar a cidade de Sumy, no nordeste do país, sob um cessar-fogo local, disse o governador regional. Na quarta, segundo Zelensky, quase 35 mil pessoas foram resgatadas” através dos corredores humanitários.
Continua a repercutir nesta quinta um bombardeio a um hospital infantil e maternidade que deixou três mortos. A Rússia disse que uma alegação ucraniana de que forças russas bombardearam as unidades de saúde em Mariupol é falsa e equivale a “terrorismo de informação”.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou os ataques ao hospital em Mariupol. Os russos alegaram que as notícias sobre o bombardeio são falsas.
“É assim que nascem as notícias falsas”, disse no Twitter Dmitry Polyanskiy, primeiro representante permanente adjunto da Rússia nas Nações Unidas. “Isso é terrorismo de informação”, declarou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, ao comentar sobre o caso.
Nesta quinta, o Twitter removeu postagens da Embaixada da Rússia no Reino Unido sobre o bombardeio ao hospital infantil. “Tomamos medidas de fiscalização contra os tweets que você mencionou por violarem as regras do Twitter, especificamente nossas políticas de conduta odiosa e comportamento abusivo relacionadas à negação de eventos violentos”, disse um porta-voz do Twitter.