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porto velho, sexta-feira 31 de janeiro de 2025
MUNDO-Centenas de pessoas se reuniram para chorar a morte de 19 crianças e duas professoras assassinadas na terça-feira (24) em uma escola do Texas, em um massacre cometido por um adolescente de 18 anos que comprou um fuzil legalmente.
A tragédia, a pior em uma escola do país em uma década, multiplica a indignação e os questionamentos sobre como limitar a venda de armas no país, um controle que poderia ter evitado esse massacre.
Estou com o coração partido", lamentava Ryan Ramirez, que perdeu sua filha de 10 anos, Alithia. Ao seu lado, sua mulher, Jessica, chorava silenciosamente com a outra filha nos braços.
O massacre mudou para sempre a história de Uvalde, uma pequena cidade de 16 mil pessoas localizada perto da fronteira com o México e com população majoritariamente hispânica.
"Não há explicação para isso, minha neta não merecia isso. Era uma boa menina, muito tímida e muito bonita", dizia à imprensa Esmeralda Bravo, avó de Nevaeh, que também morreu no massacre.
"Meu amor agora voa alto com os anjos lá em cima", escreveu no Facebook Ángel Garza, cuja filha Amerie Jo Garza acabara de comemorar seu décimo aniversário. "Eu te amo, Amerie Jo".
Em entrevista coletiva, o governador Greg Abbott revelou que o agressor, Salvador Ramos, que foi morto pela polícia, atirou no rosto de sua avó de 66 anos antes de seguir para a escola Robb.
Ramos, de nacionalidade americana, compartilhou nas redes sociais o seu plano de atacar a avó, que, apesar de gravemente ferida, conseguiu alertar a polícia.
O jovem voltou a enviar uma mensagem no Facebook para dizer que seu próximo alvo era uma escola, para onde se dirigiu vestido com colete à prova de balas e carregando um fuzil AR-15, arma projetada para causar o maior número de vítimas possível em tempo recorde.