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porto velho, sexta-feira 31 de janeiro de 2025
MUNDO - Emmanuel Macron, o presidente da França que foi reeleito recentemente, poderá ter que enfrentar um segundo mandato sem uma bancada majoritária no Legislativo do país: uma pesquisa divulgada na terça-feira (31) indica que a Assembleia Nacional deverá ficar na mão da oposição.
Se isso de fato ocorrer, Macron terá mais dificuldades para aprovar reformas que ele tem planejadas.
A pesquisa da IFOP foi divulgada pela emissora LCI. Os números mostram que o campo de centro de Macron ainda seria o grupo mais forte na próxima câmara baixa da França, com 27% dos votos (eles teriam de 275 a 310 dos 577 assentos).
Para ter maioria na Assembleia Nacional é preciso eleger 289 legisladores.
Policiais patrulham as ruas em frente à Assembleia Nacional da França, em Paris — Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters
Na França, as eleição para o legislativo são distritais e têm dois turnos (se um candidato obtiver mais de 50% dos votos no primeiro turno, ele já está eleito).
Governos que precisam lidar com uma bancada minoritária na Assembleia Nacional são incomuns na França (o sistema de votação em dois turnos visa evitar justamente isso).
Portanto, uma derrota nas eleições legislativas representariam um revés significativo para Macron. Entre as reformas que ele pretende aprovar, aprovar leis, há um plano impopular de aumentar a idade de aposentadoria.
Uma opção para a coalizão de partidos de centro, recentemente renomeada como "Ensemble!" (Juntos), seria buscar ampliar ainda mais sua aliança, alcançando os conservadores com vistas à formação de uma coalizão.
A equipe de Macron não comentou sobre esse possível cenário e insiste que tem como alvo a maioria.