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porto velho, segunda-feira 3 de fevereiro de 2025
MUNDO: Um ataque com mísseis atingiu nesta sexta-feira (30) um comboio de civis que tentavam sair de Zaporizhzhia, uma das quatro regiões que Vladimir Putin anexou à Rússia também nesta sexta. O bombardeio deixou 25 mortos.
Muitos mortos estavam dentro de seus carros e com a mão no volante. O cenário também mostrava dezenas de feridos e corpos ensanguentados espalhados pelo chão. Autoridades locais atribuem à Rússia a autoria do ataque.
O comboio estava reunido em mercado de automóveis nos arredores Zaporizhzhia, preparando-se para deixar o território ucraniano para visitar parentes e entregar suprimentos em uma área controlada pela Rússia, disseram testemunhas e autoridades ucranianas.
As janelas dos carros foram estouradas pelo impacto do ataque do míssil, e as laterais foram atingidas por estilhaços, disse uma testemunha da agência de notícias Reuters.
O governador regional de Zaporizhzhia, Oleksandr Starukh, afirmou pelo aplicativo de mensagens Telegram que há ainda 28 feridos.
"Os ocupantes atacaram ucranianos indefesos. Este é outro ataque terrorista de um país terrorista", declarou.
Moscou ainda não se pronunciou sobre o ataque, que aconteceu no mesmo dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a anexação ilegal de Zaporizhzhia e outras três regiões da Ucrânia - Kherson, Donetsk e Luhansk - que foram submetidas na semana passada a um referendo de separação organizado e promovido por forças russas.
O coronel de polícia Sergey Ujryumov, chefe da unidade de descarte de explosivos do departamento de polícia de Zaporizhzhia, disse que o mercado foi atingido por três mísseis S300.
"As pessoas atingidas estavam principalmente em seus carros ou ao lado deles. Houve outras graves, mais de 10. Vocês serão informados sobre elas mais tarde", disse ele a repórteres no local.
Ujryumov disse à Reuters que os militares russos “sabem que as colunas são formadas aqui para ir aos territórios ocupados. Eles tinham as coordenadas. "Não é um ataque por coincidência. É perfeitamente deliberado", disse ele.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, negou ter atacado civis deliberadamente.