MUNDO: Os norte-americanos vão às urnas nesta terça-feira (8) para as eleições de meio de mandato.

Serão trocados 435 assentos na Câmara e 35 das 100 cadeiras no Senado.

O coordenador do Centro Brasileiros de Estudos e Negócios Internacionais da ESPM Alexandre Uehara avaliou que a popularidade do presidente Joe Biden teve uma queda considerável.

Segundo ele, Biden entrou com popularidade de 57% e agora está em 36%: “Teve perda significativa de apoio, (…) eleitores às vezes não olham para as propostas dos candidatos, mas para a performance.”

“De fato, os resultados possivelmente pró-republicanos talvez nem sejam surpresa, presidentes perdem cadeiras na Câmara, é comum, já que são eleitos e depois de 2 anos acabam sendo reavaliados.”

Dessa forma, o professor vê que o “legislativo configurado pode não ser só republicano, mas trumpista, com candidatos ligados ao ex-presidente Donald Trump eleitos na Câmara e no Senado.”

Uma vitória de trumpistas, para Uehara, “pode fazer com que investigações no Congresso contra Trump em relação à invasão ao Capitólio sejam interrompidas.”

Além disso, “o resultado de agora pode comprometer os próximos dois anos de governo Biden.”

Alexandre Uehara acredita que a popularidade baixa de Biden tem como causa a performance econômica.

“Eleitores vivem período de dificuldade, em particular em relação à inflação elevada, próxima a 8%, é alto para os EUA.”

O especialista destaca que, olhando para esta questão econômica, republicanos apontam os erros como sendo de Biden, enquanto democratas têm a frustração, já que esperavam dados melhores.