MUNDO: Um agente de inteligência da polícia da Coreia do Sul, que era investigado por ligação com a tragédia que terminou com 156 pessoas mortas em uma festa de Halloween, foi encontrado sem vida por parentes nesta sexta-feira (11) no norte de Seul. A informação é da agência sul-coreana de notícias Yonhap.

O policial, cujo sobrenome era Jeong, tinha 55 anos e foi encontrado morto às 12h45 (horário local) na casa dele por um parente.

O tumulto que precedeu a tragédia ocorreu no bairro de Itaewon e representava uma das comemorações para retomar a vida normal pós-pandemia. Ao menos 156 pessoas, em sua maioria jovens, morreram e centenas ficaram feridas.

A polícia sabia que "uma grande multidão estava reunida inclusive antes do acidente, o que indicava a urgência do perigo, mas o uso dessa informação foi insuficiente", reconheceu o comandante da polícia nacional, Yoon Hee-keun.

Investigação

A Estação de Polícia de Yongsan, junto com os bombeiros e o atendimento hospitalar da região, é alvo de uma investigação por suspeita de terem falhado para, prontamente, responder ao massacre ocorrido em 29 de outubro.

Jeong era considerado suspeito porque, depois da tragédia, ele ordenou que subordinados deletassem relatórios internos da inteligência que alertavam sobre um possível atentado à segurança pública durante as festas de outubro. A medida foi encarada como uma tentativa de encobrir a responsabilidade pela tragédia.

As acusações contra ele também incluem abuso de autoridade, destruição de provas e negligência profissional que resultou em mortes.

Ontem e anteontem, Jeong enviou mensagens de celular para colegas da corporação que sugeriam que cometeria suicício. A polícia ainda investiga as circunstâncias da morte do policial.